Os três porquinhos

Era uma vez. Numa dessas muitas vezes em que mano Lobo desceu da “quebrada”, e foi para o centro. Em seu “kombão”, com “sonzera” ligada na maior altura, tocando o cd dos Racionais. Chegando na região “dus bacana”, tocou a campanhinha e foi logo gritando.

_ É o” truta” mano, vim buscar “a nota” que tu me deve...

_ Não tenho mais grana, velho _ Respondeu o garoto. _ A mesada acabou e eu já vendi “meus pano” tudo. Num sobrou nada mano, “tô lizo”...

Respondeu o Palito, se borrando e com a voz trêmula do outro lado.

_ Onde estão os pirralhos dos seus dois irmãos, eu dei pra eles trezentas gramas, pra eles fazerem uns “aviãozinhos” no colégio e eles fumaram tudo, vou ter que cobrar vacilo de vocês, eu sou o “Lord” mano, não posso ficar no prejú, senão a rapaziada perde o respeito. _ Ameaçou Mano Lobo.

_ Eles estão dormindo Lobo, chegaram tarde do show do Luan Santana, amanhã a gente vê isso...

_ Nada disso "muleque", abre o portão que eu vou levar “uns bagúi” do barraco, e depois eu cobro a diferença de vocês.

_ Não faça isso mano, o velho vai ficar louco quando chegar da igreja.

_ Vou contar até três se você não abrir essa porra, eu vou quebrar tudo.

De repente.

_” Sujô”! A policia chegou.

Mano Lobo pága pra eles uma propina de mil e um pacote de cem e logo é liberado na outra esquina.

E num outro quarteirão a mesma estória se repete. Três porquinhos estampam a primeira pagina do jornal. Cada um com dois tiros de escopeta, e cada um com sua estória interrompida.

emFim!

Claudio Silva
Enviado por Claudio Silva em 20/04/2011
Código do texto: T2920612
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