O CASAMENTO DO SÉCULO OU?

Essa semana a mídia pegou no pé no casamento de um príncipe com uma plebéia. Ora bolas. Fico pê da vida com a ênfase que a mídia faz de uma “celebridade” comum.

Ninguém fala que a riqueza da suposta monarquia da Inglaterra foi construída em cima da exploração de países pobres mundo afora. Que os indianos jogassem a primeira pedra, mas, coitados, conservam o costume daquela carnificina de fome, imposta pelos ingleses, jogando os mortos ao rio por não darem conta de enterrarem tanta gente ao mesmo tempo. Tempos atrás, fui ao Google e nunca vi uma coisa tão triste. Um representante da monarquia inglesa que “tomava” conta da Índia no século XVIII|XIX induziu os indianos plantarem porque sabiam que na Europa iria faltar comida. Quando os pobres indianos colheram arroz, se não me engano, os exploradores ingleses embarcaram tudo para a Europa em grandes navios e deixaram os indianos a ver navios. Foi uma fome geral com uma mortandade sem fim, pior que todas as guerras até hoje existentes.

Mas a nossa estória como nossa mídia vai fazer com que milhões de indianos mais abastecidos também vejam na televisão o casamento do século e também vão torcer pela plebéia ter o “selo” porque senão... Os “súditos” da rainha podem sair pelo mundo atrás de arroz e escravos...

Só vi uma coisa boa nessa idiotice toda. Os arrogantes ingleses, com nariz, antes empinado, baixando o facho e fazendo uma novelinha das sete para arrecadar algum troco para sua economia falida. Nem belo nem triste. Seria real, talvez até imperial, a rainha da Inglaterra também voltar a ser plebéia, convidando o chefe indiano para uma visita no palácio Buckimgham e fazendo um caminho em cima de palha de arroz ou talvez convidasse nossa presidente fazendo o caminho no puro ouro brasileiro que tomaram dos portuga.

Nos dias de hoje seria uma utopia, mas no passado foi o caminho de uma riqueza quase sem fim. Tinha me esquecido do quase. Ainda bem que lembrei. Pensa bem, depois de séculos, esquecer de um “quase”!

Pois bem. Foi esse quase que está acabando com esses países exploradores.

A geografia da terra nos faz dizer que a própria geografia não se eterniza, imaginar seres humanos! Tão vulgares... Rainhas... Plebéias...Arroz... Ouro... Dinheiro... Preconceitos... Capital... Crendices...

Mas, sem insulto ao bom senso, sem mais divagar, diria que mesmo com essa novelinha das sete, o falso casamento de alguma pessoa da monarquia inglesa não vai tirar deles a pobreza a que serão submetidos. Lógico que o arroz indiano já foi digerido mas o ouro derrete devagar...Vira prata... Vira bronze... Viralata...

JOSÉ EDUARDO ANTUNES

Zeduardo
Enviado por Zeduardo em 29/04/2011
Código do texto: T2939211
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