Mel minha Mel!

Maria Emília passou em minha vida como um perfume. Lembro uma vez ela me perguntando após, me dar carona sobre; o meu estado de saúde, eu passava por sérios problemas e neste dia fui acompanhá-la em um evento literário. Assim ficamos em frente á minha casa em uma longa conversa envolvendo saúde e literatura. A nossa opinião era a mesma sobre a importância da literatura como um todo na nossa vida para fortalecer os nossos ânimos e levá-la em frente derrubando as barreiras do longo e dolorido tratamento.

Não foi uma conversa triste. Ah! Posso garantir isto! Neste dia ela sentiu o meu perfume e comentou:

“Você gosta de Eternit?!

E evocamos lembranças das nossas vidas envolvendo odores, e, de como eles ficam marcados em nossa memória.

Muitos encontros depois e já passados um longo tempo; Mel veio com um embrulho lindo de presente, e me disse:

“Fui para a França e me lembrei muito de você. A França é uma fábrica de odores.”

Comentei com ela, que a tal fábrica de odores, também asperge nos turistas odores mal cheirosos. Rimos muito com o comentário.

Abri o pacote e no seu interior estava um vidro do perfume Eternit.

Mélzinha nesta manhã de domingo, que já está virando tarde borrifei aqui perto da minha escrivaninha o Eternit e rememorei nossos encontros com saudades. Vá minha amiga Escritora e Poeta escrever junto a Ernesto Sábato na eternidade! Eu aqui fico sentindo o seu perfume!