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VÍTIMAS DE PRECONCEITO

 

 Escrever, às vezes, é levantar polêmicas... Mas a interação amplia horizontes, muda opiniões.

M
uito tenho lido sobre preconceito e tenho uma visão muito particular sobre o assunto. Claro que o preconceito existe  e é doloroso, mas penso que só fazem conosco o que permitimos e que há muito exagero e oportunismo a cerca do mesmo. 

Não posso conceber que alguém  ainda acredite que a cor da pele, dos cabelos, o peso, a nacionalidade, a orientação sexual, o saldo bancário, etc., determinem o valor de um ser humano.  Ninguém, razoavelmente inteligente, crê nisso.  São meras piadas de gosto discutível.

Creio que o preconceito está relacionado com um mal muito maior, a baixa auto estima, o absurdo sentimento de inferioridade. 
Vejam bem, há coisa mais triste e estúpida do que sentimento de inferioridade? Para mim, não há. Talvez a inveja seja tanto quanto, já que um fomenta o outro.

É muito triste quando nós mesmos temos a convicção íntima de que somos piores e valemos menos do que aqueles que são diferentes de nós.
É também muito estúpido, porque diante desse sentimento mórbido, reagimos com atitudes hostis, o que certamente só contribuirá para nos tornarmos menores do que já achamos que somos. 

E daí para o odioso papel de vítima de preconceito... É um pulinho só e bastam algumas reticências... 

Um negro que se preze, jamais se sentirá ofendido por ser chamado de negro. Ele sabe que vale tanto quanto qualquer branco, pardo, amarelo ou roxo. O mesmo acontece com os gays, os portadores de vitiligo, as loiras, os portugueses, os gordos, enfim...

Acho  louvável escrever contra o preconceito, mas creio que seria mais eficaz abordar a necessidade de manter a auto estima saudável ou veremos preconceito em qualquer bobagem.
Não raro, somos vítimas de nós mesmos.

Sou gorducha, portuguesa, loira de farmácia e mulher, portanto sei do que falo.  Não, não sou vítima de preconceito.  Recuso-me, definitivamente.
Acho que não há nada mais humilhante do que o papel de vítima, isso sim é admitir-se inferior. Frequentemente conto, leio e escuto  piadas sobre portugueses e dou gostosas risadas. Escrevo alegremente sobre minha vaidade e revelo o quanto sou excessivamente gostosa. Sou morena e faço belas mechas loiras nos cabelos.
Será que emburreci? Acho que não, mas talvez os leitores me façam mudar de idéia, já que é sabido que só não muda, quem não as tem.
 

Comentem,  não sou oportunista, prometo não processar ninguém.

 

 

Tânia Alvariz
Enviado por Tânia Alvariz em 06/05/2011
Reeditado em 07/05/2011
Código do texto: T2953253
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