Lembrando Mike e Outros
 
 
Escrevi há muito tempo um texto com o título: conversa com um cão.
Na verdade era o cão de conversava contando coisas de sua vida.
Esse cão existiu, chama-se Mike e pegamos no Condomínio, abandonado, em dia de chuva e com defeito numa perna.
Nós não sabíamos, mas aquilo não era defeito era um sarcona na patinha
e assim ele não pisava, pela dor.
Logo que pegamos qualquer animal levamos ao veterinário para fazer exames
e verificar seu estado de saúde. Que decepção quando o veterinário disse
ser câncer nos ossos. Não tinha salvação, pois já tinha metástase.
Levamos Mike para casa e dávamos um medicamento para que ele não
sentisse dores, e passou até a pisar com todas as patinhas. Era manso,
cainhoso, amigo, meigo, mas muito ciumento dos outros cães, principalmente
do Perninha que também fora pego por meu filho, quando uma kombi
atropelou-o.
Cuidamos e ainda está aqui lindo e faceiro, mas velhinho.
Fora o ciume de um e de outro a convivênvia aqui sempre foi das
melhores. Mike resistiu com a ajuda das medicações 1 ano junto com a gente.
Mas depois apareceu o câncer em tantos lugares, que foi-nos aconselhado ao sacrifício. É uma das coisas terríveis que, às vezes, para o animal não sofrer
horrores, somos obrigados a fazer. Ele se foi, mas está bem vivo em nossa
mente e em nossos coraçoes. Vez por outra leio sua conversa,pois acho muito
lindinho o modo como se expressa sobre as cockers, que também foram ao
seu encontro no céu. Devo dizer com franqueza, às vezes, somos bem mais
entendidos pelos cães, do que pelas pessoas.

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Hoje senti uma imensa saudade de Mike e resolvi colocar este texto que estava guardado. E um modo de reconhecer a amizade e ternura que nos ofereceu enquanto vivia aqui.
Quando me sinto triste, procuro lembrar de meus cães, os que tenho e os que já se foram e só posso lembrar de alegrias, de rabinhos balançando ao me receber, pulos, lambidas, latidos para chamar a atenção, alguns fazem isso, outros mais calmos apenas demonstram suas alegrias, rodopiando em volta da gente. São momentos de felicidade que não temos com os humanos. A amizade sincera e permanente independente se chegamos alegres, ou muito cansadas vontade de se jogar no sofá e não levantar mais. A festa com que somos recebidas, termina com qualquer aborrecimento no dia, cansaço, ou seja lá o que for. tudo acaba com muito amor e muito carinho. Sinto falta de vocês Mike, da Vicky, da Lolly, da Naja, da Luma.

Luma que pastora alemã que veio para cumprir direitinho sua missão. Por duas vezes colocou ladrão para correr no sitio em que minha mãe morava com minha irma, a Luma , a Cigana e a Samantha voaram em cima do sujeito que ele deve estar correndo até agora. A noticia se espalhou e nunca mais ninguém se meteu a entrar para roubar nada das plantações.. Luma morreu aqui em casa, já estava morando aqui, ela viveu e morreu com problemas neurológicos. Minha Luma querida, vocês são toda a minha felicidade e alegria. bjs. , muitos beijos.
naja
Enviado por naja em 06/05/2011
Reeditado em 06/05/2011
Código do texto: T2953899