BANDIDO E MOCINHO

A História humana sempre foi feita de heróis e vilões. Não é a toa que os velhos filmes de farowest já faziam tanto sucesso. Bang-bang! O mocinho matava o bandido e o telespectador saia satisfeito do cinema. Desde Judas, o homem se sente feliz quando descobre um bode expiatório para os males da humanidade. O foco gerador, porém, não é um ser isolado. Ele é apenas o ponto convergente de uma situação criada e continuada por muito tempo.

Assim como Hitler, também Bin Laden parece ser uma unanimidade. Não devemos esquecer, porém, que ambos são filhos da violência. Hitler é resultado da humilhação imposta a Alemanha, pós Primeira Grande Guerra, pelos países vencedores. Bin Laden foi treinado e usado pelos EUA. A cobra criada cresceu e passou a ser incômoda aos interesses norte-americanos. Aí virou vilão. A criatura não obedecia mais ao comando do criador.

Não estou defendendo um e outro. Pelo contrário. Quero lembrar apenas que violência sempre gera violência. Jamais o ódio acabou com o ódio. O que acaba com o ódio é o amor. Se plantarmos urtigas, é certo que, se mexermos com elas, nos machucaremos. Jamais colheremos jasmins de um cáctus. E, infelizmente, países imperialistas fazem de tudo para manter e expandir sua hegemonia. Assim como os países aliados na Primeira e Segunda Grandes Guerras se auto-denominaram "salvadores da ordem mundial", dividindo o mundo entre si (aqui me refiro a EUA x URSS), hoje, os EUA continuam querendo impôr seu controle comercial e geo-político sobre o mundo, esquecendo que as nações evoluíram, que os seres humanos suportam humilhações e ingerências até um determinado ponto. Quando as comportas se rompem, iniciam os incidentes, resultado do despotismo e da ganância, suportados a ferro e fogo.

O terrorismo é resultado exatamente disso. Assim como foi a Segunda Grande Guerra. Festejar a morte de Osama Bin Laden é o mesmo que festejar a morte de Adolph Hitler. E eu pergunto: isso resolveu a situação caótica do mundo? Não. O mundo só terá paz no dia em que houver respeito entre as nações. Respeito natural, aquele que vem do coração, resultado da evolução espiritual do homem. Sem armas nucleares para intimidar, sem bombas atômicas para destruir e mostrar poderio. Aí estão Hiroshima e Nagasaki como exemplos vivos da violência extremada. Isso trouxe paz ao nosso mundo?

Se matar resolvesse, a Terra já seria um Planeta de paz há muito tempo...

Giustina
Enviado por Giustina em 09/05/2011
Reeditado em 02/04/2014
Código do texto: T2960010
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