Bons momentos com Woody Allen

Tenho folheado alguns livros que há tempos não viam qualquer espécie de luz. Bom para dar uma oxigenada, tanto nos livros quanto na memória. E quando fui reler os trechos que havia sublinhado do ótimo Que Loucura!, do Woody Allen, achei que iria enfartar de tanto rir. Compartilho abaixo alguns deles:

“...lembro-me de ter olhado o relógio. Eram precisamente 4h15 da manhã. Tenho certeza disto porque nosso relógio está parado há 21 anos nesta hora.”

“Eu e minha filha o levamos à ópera em Milão. No meio do segundo ato, Needleman debruçou-se no balcão do camarote e caiu no poço da orquestra. Orgulhoso demais para admitir que tinha sido um acidente, passou a ir todas as noites na ópera e a cair lá de cima.”

“Quando morreu, Needleman estava, como sempre, trabalhando em diversos projetos. Um deles era a criação de uma nova Ética, baseada em sua teoria de que ‘os bons costumes são não apenas mais morais, como podem ser praticados por telefone’”.

“E onde fica a ciência quando alguém lhe propõe os eternos mistérios, tais como: De onde se originou o cosmos? (O próprio, não o time de futebol.) Há quanto tempo existe? A matéria se iniciou com uma explosão ou por ordem de Deus? Se a segunda hipótese é verdadeira, por que não começou Ele o serviço duas semanas antes, ainda a tempo de curtir o verão?”

“O Dr. Brackish Menzies, que trabalha no Observatório de Monte Wilson, ou está em observação no Hospício de Monte Wilson (sua letra não é muito legível), afirma que, se tais seres (extraterrestres) viajassem à velocidade da luz, levariam milhões de anos para chegar à Terra, e que, a julgar pela má qualidade das peças atualmente em cartaz , tal expedição dificilmente valeria a pena.”

Andrei Andrade
Enviado por Andrei Andrade em 01/06/2011
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