SOBRE O ÓCIO CRIATIVO

Meu cunhado me levou certa vez a uma agência de publicidade que pertence a um amigo dele. O prédio tem dez andares e fica quase no topo de um morro dos muitos que há aqui na nossa BH. Parece, portanto, ter uns trinta. De lá do último andar onde trabalha o pessoal da criação avista-se toda a Serra do Curral, uma paisagem das mais bucólicas e atribuo a ela um plus na inspiração. Uma beleza de visão! Cheguei e já fui sentindo uma ratificação do que falam sobre os funcionários da Microsoft. Ouvi dizer que ficam muito à vontade, tanto nas vestimentas, quanto nos horários de trabalho. Tinha alguém lanchando, tinha gente brincando com games, havia outro na janela olhando o horizonte e tinha até alguns com suspeita de estarem trabalhando. Uma liberdade que muita gente gostaria de ter em seu ganha-pão. Ficar à toa lá naquele lugar é algo levado muito a sério. Cada peça publicitária mais bonita que a gente vê na TV, na internet, em revistas e ouve no rádio e que é do portfólio dessa agência dá gosto. Então, se quiser ser mais inventivo, brinque mas leve a sério a brincadeira como se fosse um trabalho que não requisita resultados pressionados por relógios nem chefes. Isso potencializa o poder da criação. Na hora em que estiver à toa leve isso a sério enquanto brinca de fazer nada. Os melhores pensamentos ocorrem com o cérebro desligado de obrigações. Não é uma regra, mas também não é uma exceção.

josé cláudio Cacá
Enviado por josé cláudio Cacá em 05/06/2011
Reeditado em 05/06/2011
Código do texto: T3015091
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