A literatura na minha vida

A literatura entrou cedo na minha vida... bem antes de eu aprender a ler ou escrever. Tinha há poucos meses uma coleção com oito volumes do Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro Lobato. Quando criança minha mãe lia para mim e para meu irmão, ao aprendermos a ler ela perdeu a função de passageira da história. No Centro Educacional Carlos Saloni (São José dos Campos – SP) ganhei uma vez, creio que na segunda ou terceira série, um prêmio por ter sido a campeã de leituras na minha classe. O índice era medido pela ficha da biblioteca e eu já tinha duas!

Meu gosto literário é bagunçado, não tenho um gênero preferido. Lia muito quando criança, hoje nem tanto. Antes lia qualquer coisa que me entregassem, hoje analiso a capa, a contra capa, o começo do livro entre outros detalhes. Nunca quis ser jornalista, gosto de escrever, mas de escrever o que eu quero e não o que me mandam. Como quero ser radialista não posso dizer que a literatura influenciou na minha escolha profissional, mas na vida é outra história.

Faz parte da minha vida, minhas férias não são férias sem um livro. Não saio da internet até ter lido pelo menos uma crônica. Sou preguiçosa quando o assunto é começar a ler um livro, mas quando começo e gosto não largo até acabar ou até meus olhos me abandonarem na leitura.

As vezes sinto falta de ter sido mais viciada em livros. Na época do colégio eramos, por assim dizer, obrigados a ler um livro por bimestre, pois caia em prova. Muitos adorei ter lido, outros não teriam afetado em nada minha vida, talvez só na nota. Ler ficou marcado como algo obrigatório. A solução que encontrei foi procurar os livros que me agradam, mas nem sempre é fácil achar.

Pelo profissão que quero preciso de mais leituras, para meu vocabulário. Este não é tão vasto quanto deveria ser. Mas ainda gosto de escrever, de sentar no sofá na madrugada e viajar em crônicas e textos sem sentidos. Estes também precisam de mais vocabulários, e de mais formação textual.

A literatura é essencial para qualquer pessoa, independente da profissão. Lembra da coleção do Monteiro Lobato no início deste texto? Ela foi dada de presente para uma garota de nove anos que não gosta muito de ler. Está com ela tem mais de seis meses e os livros não foram nem abertos ainda. Ela diz que não os lê porque já viu todas as histórias na TV. Quando ouço isso fico feliz por gostar de comparações, minha maior diversão é ver filmes ou séries baseados em livros e comparar. Na grande maioria os livros são melhores.

Por Renata Losilla

chaverinho
Enviado por chaverinho em 28/11/2006
Reeditado em 14/02/2007
Código do texto: T303917