A infância

"Na infância era assim... Bastava sol lá fora e o resto se resolvia, se transformava como magia” Com essa bela frase, de um autor que não me recordo o nome, adaptada por esse poeta aqui, introduzo carinhosamente o tema proposto, que seja bem vida a infância, que meu texto possa dar carona a sua imaginação e você se tele-transportar para o passado. Com a inspiração quase divina, vamos viajar nesse mundo mágico, da infância, abrir esse baú da memória, tirar a poeira das fotos antigas (Até parece que sou velho assim).

Caminharemos aqui e agora, juntos nesse solo sagrado chamado infância, nessa fase realmente marcante na vida de todos nós, (Oh Velha infância, saudades). Um milhão e meio de brincadeiras, infinitas descobertas, os medos mais bobos, o nascer da inocência em cada olhar, as vezes no êxtase de um sorriso, as vezes no desespero de um choro sempre incontido e desnecessário, o começo de tudo, o leito singelo da estrada da vida, onde a pilha nunca acabava, onde uma pergunta nunca era o suficiente, na infância é sempre assim, o mundo nunca será grande demais, ele sempre caberá em um sonho, ou na palma de nossas mãos.

Momentos sublimes que nunca se apagarão, carregados de ternura, quem é que não se lembra dos heróis invencíveis, dos vilões assustadores. E como posso descrever aquela sensação que habitava em nossos pequenos corações, onde limites não existem, de que tudo acabaria em um final feliz. E a vergonha evidente, quando nos escondia por trás de nossos pais, a raiva tão bonita de quando todos falavam que aquela menina era sua namoradinha da escola. Ao mesmo tempo carregamos uma coragem de subir nas arvores, de correr contra ao vento, de não ligar para roupas, a pureza de não reconhecer a maldade, de desprezar o lado material, de dividir ou roubar sem intenção criminosa o lancinho do amigo. ( Estão se divertindo ?)

A infância é fase mais sincera do ser humano, falar tanta besteira nas horas erradas, não temer, sua opinião carregada de falta de conhecimento, ter habilidade motora de errar insistentemente. Mas tudo faz parte da vida, como aprender a andar de bicicleta umas das primeiras lições da vida, cair, cair pra poder andar sozinho, levantar-se e provar o sabor de conquistar a sabedoria, com os erros. Como éramos inteligentes, captamos tudo tão rápido, nos transformamos, adaptamos ao qualquer universo. A curiosidade nossa melhor amiga, o monstro que morava debaixo da cama, nosso protetor, nosso anjo da guarda. ( Já observaram que quando somos crianças sempre queremos crescer o mais rápido possível, e quando somos idosos queremos que o tempo passe o menos rápido, pra viver muito e muito mais a vida, vai entender né?)

Eu não posso vacilar, e me esquecer de ressaltar a transformação da infância, as crianças de hoje em dia, são completamente diferentes das de época passada, processo normal, nada será igual, (nada do que foi será de um jeito que foi um dia), o tempo parece que caminha mais apressado, talvez a geração de hoje, não tenha tanta sorte de ter as coisas que as gerações passadas viveram, as luzes do vídeo game a maldição da internet mancha um pouco essa fase, quebra um pouco a fantasia, apressa o crescimento, banalizando de certa forma a vida.

Como eu não tenho o poder, e o espírito de Peter Pan, e viver uma infância sem fim, lamento, ou quem sabe animo, informando aqui o fim dessa pequena abordagem sobre a infância. Hoje não tenho necessariamente um conselho de como viver sua infância, afinal muitos de vocês que irão ler esse texto já viveram suas infâncias, porém a infância nunca morre a infância sempre sobrevivera em um sorriso sincero, sempre vai colorir de branco nossos cabelos, o branco da paz, nossos corpos podem ficar cansados, nossa rotina pode exigir maturidade e seriedade, mas nossas almas podem preservar o lado criança, sem maldade, sem falsos interesses. O bom mesmo é ser uma criança malandra que encare os maus, e que reconheça os bons, e levar a vida numa boa, como uma aventura, afinal² somos os próprios autores de nossos histórias, escreveremos nossos finais, sejam felizes ou não, tudo depende de nós.

Diêgo Vinicius
Enviado por Diêgo Vinicius em 27/06/2011
Código do texto: T3059234
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