A EPIDEMIA DA BELEZA

A EPIDEMIA DA BELEZA

“ O maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem” ( Arthur Shoepenhhauer)

A sociedade, em grande parte influenciada pela mídia, cada vez mais investe na beleza e na estética. Não sou contra a vaidade, pelo contrário, a vaidade é salutar, demonstra preocupação em cuidar de si mesmo. O problema é quando a estética torna-se uma obsessão; tudo passa a ser menos importante, inclusive a saúde. E o que é pior, confunde-se estética com saúde, por conta do volume de propaganda, prometendo mudanças miraculosas e rápidas.

O excesso de preocupação com a beleza e a estética, às vezes tende a encobrir medos, inseguranças, frustrações; algumas pessoas buscam todo tipo de tratamento estético e de beleza, tentando a solução dos seus problemas. Ficam escravas dos “tratamentos”, contraem dívidas para darem conta dos altos custos dispensados. Atualmente, não apenas a mulher, o homem também entra em um salão de beleza em uma academia ou em uma clínica de estética e deixa uma pequena fortuna, na maioria das vezes, faz empréstimo, parcela em N vezes, mas sai feliz, revigorado.

Mas, a mudança na aparência nem sempre favorece a mudança na vida interior do individuo. Ficam mais belas, mais jovens, mas continuam inseguras, ansiosas, insatisfeitas, doentes.

Para cuidar da saúde também tem custos, ás vezes nem tão altos, como tratamentos dentário, terapia, fisioterapia, fonoaudiologia, necessários e urgentes. Corre-se atrás dos planos de saúde, se não tem cobertura pata tal procedimento resmunga, “chora” descontos do orçamento. Faz o tratamento pela metade ou não faz e, atenção, é para recuperar a saúde... É a inversão de valores pelos quais a sociedade está vivenciando.

E a saúde que deveria ser prioridade passa para segundo plano, afinal morrer magra e bonita é mais importante do que viver gorda e feia. O errado passa a ser o certo.

Em 15 de junho de 2011

GSpínola

GSpinola
Enviado por GSpinola em 27/06/2011
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