Sabe, de repente eu percebi que eu já não sabia o que eu estava buscando e que esse desejo desenfreado em encontrar algo que fizesse a diferença, acabou me fazendo escolher caminhos tortos e curtos. Essa ansiedade sempre andou comigo e ela sempre me fez buscar atalhos, formas rápidas para ser feliz e só o que eu consegui foram maneiras ainda mais rápidas de me machucar. Eu e essa minha mania de achar que estou sempre atrasado e que tudo deve acontecer assim de prontidão. A real é que eu nunca estive atrasado e chega a ser irônico acreditar nisso após tanto tempo perdido. Fato é que não existe hora para ser feliz, não existe hora para se amar, não existe hora para se viver… O homem inventou as horas para tentar apressar os seus sonhos, os seus desejos e para tentar dar um limite as suas dores.

O tempo existe e assim como o amor, ele caminha livre, leve e solto, mas a gente não sabe lidar com isso, a gente tenta aprisionar tudo o que é livre e pra tudo o que não podemos controlar, nós criamos um controle emocional. Hoje eu e o tempo andamos lado a lado e eu percebi que isso nunca foi diferente, eu sempre fui livre, mas não havia me dado conta disso… à incerteza nos deixa ansioso e controladores, a gente ataca e prende o que foge ao nosso controle e foi isso o que eu fiz… eu tentei prender o meu destino, os meus sonhos, os meus falsos amores e isso tudo só aprisionou a mim mesmo.

Dizem que aprendemos muito com as dores e com as perdas, eu não sei bem dizer o que eu aprendi com tudo isso, mas se tem algo que eu descobri, é que quando se tem que esperar muito, é porque não é pra ser. Chega de culpar o tempo, chega de brigar com a verdade… É preciso saber que quando é verdadeiro, o tempo não passa muito rápido ou muito devagar, ele apenas passa e a gente sempre sabe que horas são sem precisar olhar para o relógio... Falando nisso, eu joguei o meu fora e sempre que me perguntam que horas são eu digo:

“É hora de ser livre”




(Felipe Milianos)

Imagem via Tumbl

Rascunho


Felipe (Don) Milianos
Enviado por Felipe (Don) Milianos em 02/07/2011
Reeditado em 03/07/2011
Código do texto: T3071276
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