reconstruindo o recomeço.

Como você está reagindo diante dos acontecimentos inesperados?

Você já teve a oportunidade de observar a reação das formigas quando alguém ou algo atinge o formigueiro?

A primeira reação delas é a de fazer tudo para salvar sua vida, sua casa e o conteúdo da colônia. Todas entram em ação imediatamente removendo o que tem que ser removido de um lugar para o outro. Rapidamente iniciam um processo de reconstrução

Parem um instante o que estiverem fazendo e olhe a sua volta. Agora jogue fora, destrua, remova tudo que não for bom, que não valeu à pena, que foi feito errado, e com o que sobrou, reconstrua. Faça novas paredes, no lugar daquelas que os erros encheram de buracos e rachaduras, até as menores imperfeições no reboco tem que ser removidas, para que as novas estruturas possam ser sólidas.

Não pense no amanhã como se fosse um dia qualquer, pense como se fosse sua última oportunidade de fazer coisas que são importantes pra você, e que talvez possa fazer com que sua vida seja diferente deste momento em diante. Mais um dia se aproxima, o hoje que ontem era amanhã, o futuro de que tanto planejamos e replanejamos. Esta é a oportunidade que temos de recomeçar, mesmo que para isso tenhamos que sofrer ou ate abrir mão das coisas que gostamos.

Então, construa!

Portas de liberdade, janelas de confiança, assentadas sobre tijolos de verdade e justiça. No teto, uma laje de carinho e perdão, para que possamos nos abrigar das tempestades que a vida certamente trará. No chão, um piso seguro e sólido, feito de companheirismo e compromisso, será a base para caminhar de mãos dadas. O reboco será uma mistura de humildade e simplicidade, revestida de esperança. Nada de querer aproveitar uma meia bancada, ou uma pintura esmaecida, a pintura, será branca como o caráter, que carregarei pra vida toda, sem manchá-lo. O que eu fiz, não posso fazer voltar, só posso seguir em frente e reconstruir o que eu deixei pra traz. Não é possível destruir o passado para reconstruir o presente, mas é possível reconstruir o presente para reescrever o passado.

Sofro mais não canso de lutar, ponho me em pé para então recomeçar.

Autor: Fabio R.A.R Marchiori de C