Jantar inteligente para almoço burro

Luiz Felipe Conde é filósofo brasileiro. Dá para perdoar. Sua entrevista na revista Veja deixa qualquer um boquiaberto. É a primeira vez que um homem ataca a janta inteligente. Os “jantares ineligentes” parecem hipócritas porque não vive a realidade franciscana do mundo. Ele vai de encontro a qualquer coisa que verdadeiramente alimente a alma. Por uma razão desconhecida parece detestar as refeições dos ricos desde que não seja a canja com faisão do Papa. Papa para o filósofo é como a igreja católica, sem pacotes. A culpa é do teólogo no filósofo.

Diz que a falta da tensão do pecado para a ala esquerda perturba o seu lado professor. É a ausência da tensão do pecado que torna a esquerda pior do que o cristianismo. Ele não manifesta nenhum sinal de vidência para com os pecados idióticos plantados pelas religiões em todo o mundo como certeza incluindo os dogmas mais fantásticos como parir virgens e belos botões da ascese futurística. Tem na calva a palavra esquerda como uma cruz. Como se provasse dela como enigma que perturba sua fruição e a do mundo. Inquisições a parte morrer sem utilizar preservativo porque os padres orientam africanos a ficarem longe desse pecado nunca lhe disse mal. Lá pelo menos tem pouca janta inteligente exceto nos templos. Fala também em “julgamento moral sumário” como sendo um alicerce da esquerda, clero da esquerda. Dá ao pobre clero da esquerda a ideia de que buscam a pureza. É a primeira vez que a pureza é dividida em dois sendo instrumento de ingenuidade de ambas as partes reunidas num mesmo ciclo de infantilismo: Deus sem nenhumcomentário sobre a cadeia alimentar assassina, cruel e covarde que ele mesmo criou para a nautreza. Incluindo a humana na figura de seu filho humanamente massacrado pelos romanos. Decerto alavancado pelos jantares inteligentes da época.

Outra graça coral é ele ser um ex-ateu. Vê elegância no refúgio divino da criação do universo. Um Deus que certamente para ele pode criar uma pedra que ele mesmo não pode levantar. Garante que após abandonar a ideia divina um ateu passa a acreditgar em outras bobagens. Este ateu deve ser aquele que não freqüenta os tais jantares. Elege as religiões como uma fonte de hábitos morais, decerto porque não liga pra onde vai o dinheiro de padre Cícero e outras questões de arrecadações divinas. Por fim tem a tentação de revelar que acredita em milagres. O primeiro deles deve ser o almoço em silêncio.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 18/07/2011
Reeditado em 18/07/2011
Código do texto: T3103301
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