Requintes de crueldade

Ontem eu via na TV o jornal das 23h quando uma jovem mãe se apresentou aos prantos, olhos inchados, na face o sofrimento estampado, suplicando à
megera que devolva a sua filhinha.

Sim! é uma
megera a mulher que, em não sabendo e não sentindo a extensão do amor de uma mãe, arquiteta com requintes de crueldade o sequestro de um filho alheio.

No caso em questão não houve crueldade física, mas eu lhes pergunto:
poderá haver crueldade pior do que o flagelo moral de uma mãe, que é mãe de verdade e não apenas pariu, em não saber onde está o seu filho?

Quando nós mães perdemos um filho para a morte física que nos priva da sua presença, nós sofremos sim, mas sabendo que o seu ciclo fora cumprido. Inda que a causa da morte seja acidentes, nós o sabemos fisicamente no túmulo e espiritualmente jornadeando em uma nova dimensão.

Mas não sabermos onde ele se encontra e o que fazem com ele, é algo sobremaneira desumano que na minha concepção deveria haver pena bem mais rígida para este tipo de crime.

A
megera que age com tamanha crueldade nos mostrou, mais uma vez, que o ser humano caminha a passos largos rumo à robotização. E olhem lá! Nem todos os robôs são tão insensíveis...

Aqui também, nesta situação, não sei onde iremos parar.

Mulheres que jogam filhos no lixo com requintes de indiferença,enquanto outras roubam os filhos daquelas que os desejam,como se furtassem um simples objeto inanimado.

Quanto mais evolui, a sociedade, intelectualmente, avançando nas descobertas que beneficiam longevidade, prazer,saúde etc,mais involui moralmente desrespeitando as leis que Deus registrou na consciência de cada um.

Se o censor máximo de um povo, a sua consciência, se encontra podre, toda ela assim permanecerá até que os verdadeiros valores morais emirjam e se sobreponham aos que ora medeiam entre nós.

Torna-se urgente, muito urgente que o ser humano se auto analise e veja qual a roupagem moral que ele enverga a fim de trocá-la caso esteja destoando dos padrões que deve nortear uma sociedade saudável e justa.

Desculpe-me a mulher por chamá-la de
"megera", mas poderei chamá-la de "monstro" se achar mais bonito e assim o desejar.

E a ti, mãe que teve a filhinha roubada dos próprios braços,estamos em oração, todos nós, a fim de que os verdadeiros profissionais que aí estão para nos protegerem e servirem,a encontrem o mais rápido possível e a devolvam ao calor do teu amor.

Ao diretor deste hospital, ou diretora?, que o bom senso e o cuidado nunca sejam demais a fim de que sejam instaladas efetivas medidas de segurança para que novas tragédias não voltem a acontecer. Querer justificar que por ali transitam, diariamente, mais de mil pessoas e que médicos de outras cidades ali atuam, não justifica o crasso erro de não colocarem em prática a mais elementar das vigilâncias:
"CARA CRACHÁ,CARA CRACHÁ!" 

Quanto maior os riscos mais redobrada deve ser a vigilância. Este não é o primeiro caso no nosso país e os hospitais ainda teimam em permanecer com acesso irrestrito e ilimitado sem a menor réstea de segurança.

Hospitais que lidam com um número alto de profissionais devem estar, através do SRH,atualizando diuturnamente,a relação de todos,e estabelecer acendrada vigilância no trânsito dos mesmos. Apenas pessoas responsáveis e envolvidas com a política implantada na Instituição devem ocupar os cargos que envolvem a sua segurança.

O FATO, É IMPERDOÁVEL!

O nosso Deus soberano tenha misericórdia de todos nós.

bjs, soninha


Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 23/07/2011
Reeditado em 23/07/2011
Código do texto: T3113079
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