CRISE EXISTENCIAL

O ato de questionar a vida pode trazer sentimentos

ingratos e que põem na mesa dúvidas pertinentes que nos fazem

parar e pensar em por que razão existimos. Penso, logo existo?

Que nada! Afinal, quem nunca ficou angustiado com as dúvidas

e mistérios da natureza humana?

As crises existenciais não têm hora, lugar ou uma razão específica

para estourar. De uma forma geral, tudo pode ser motivo para

ela chegar de mansinho e se apoderar dos nossos pensamentos:

uma página em branco, um emprego que se odeia, uma namorada

bacana que não se arranja, uma família estranha. Essas são castrações

modernas suficientemente poderosas para desequilibrar

qualquer cidadão. E os resultados delas podem variar entre choros

parciais, choros constantes, depressão, etc.

“Mas como ninguém pensou em solucionar isso antes?”, pode

se angustiar o leitor. O fato é que já se pensou, sim. Desde Sócrates,

pelo menos. Tanto que o ato de filosofar surge dessa premissa:

a de observar, investigar e compreender toda a miscelânea de

sentimentos que formam o homem. (...)

Todo mundo passa por uma crise ou por várias durante a existência.

E, se não passou, ainda há de passar. Mas a única forma de

fazer com que ela deixe de dominar nossos pensamentos é descobrir

e compreender o que está por trás dela. É preciso reconhecer

que nossas escolhas sempre acarretam perdas, dúvidas e senões.

Todos nós temos desejos reprimidos e precisamos enfrentar sem

medo esse fato. Só assim conseguimos aceitar os deslizes da vida

e perceber os questionamentos que se instauram, uma espécie de

pulga atrás de nossa orelha. Porque é assim mesmo: mal encontramos

as respostas e nossa mente já trata de ir atrás de formular

outras perguntas.

O QUE EU SOU ... DE ONDE EU VENHO... PARA ONDE VOU... POR QUE SOU ASSIM... POR QUE ISSO SÓ ACONTECE COMIGO... O QUE EU QUERO...TANTAS DÚVIDAS!

Damião um POETA
Enviado por Damião um POETA em 26/07/2011
Reeditado em 26/07/2011
Código do texto: T3119267