NEM TUDO QUE RELUZ É OURO

Diz o ditado popular

Que nem tudo

Que reluz é ouro

A ostentação fala pouco

Nem tudo que...

Chama a atenção

Nem as exterioridades aparentes

Corresponde à realidade

Muitas vezes....

Cegamente por amor

Perdemos todo raciocínio

Claro e preciso

São devaneios

De uma alma doentia

Que se deixa levar

Pela imaginação caprichosa

Nutri-se de ilusão, um efeito

Primário de perspectiva

Engano dos sentidos

Toma a aparência por verdade

O que se mostra perfeito

À primeira vista

É bom suscitar suspeitas

Pode não ter existência real

Mas apenas ideal

A vida é movida

Por sonhos acalentados

E desejos intensos

Onde tudo é perfeito

A expectativa

De um bem que se deseja

Faz-nos ter interpretação

Errônea dos fatos

Idéia subentendida,

Propósito disfarçado

Pensamento secreto

Segunda intenção

Conceito reservado

Deleita-se com a sombra

Submete a valores dados

Mas quimericamente

São favas contadas

E o grande príncipe

Acaba virando um sapo

Ou a princesa dos seus sonhos

Não passe de a bruxa má

Dos contos de fada

Cristina Siqueira
Enviado por Cristina Siqueira em 04/08/2011
Reeditado em 04/08/2011
Código do texto: T3140037
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.