NEM TUDO QUE RELUZ É OURO
Diz o ditado popular
Que nem tudo
Que reluz é ouro
A ostentação fala pouco
Nem tudo que...
Chama a atenção
Nem as exterioridades aparentes
Corresponde à realidade
Muitas vezes....
Cegamente por amor
Perdemos todo raciocínio
Claro e preciso
São devaneios
De uma alma doentia
Que se deixa levar
Pela imaginação caprichosa
Nutri-se de ilusão, um efeito
Primário de perspectiva
Engano dos sentidos
Toma a aparência por verdade
O que se mostra perfeito
À primeira vista
É bom suscitar suspeitas
Pode não ter existência real
Mas apenas ideal
A vida é movida
Por sonhos acalentados
E desejos intensos
Onde tudo é perfeito
A expectativa
De um bem que se deseja
Faz-nos ter interpretação
Errônea dos fatos
Idéia subentendida,
Propósito disfarçado
Pensamento secreto
Segunda intenção
Conceito reservado
Deleita-se com a sombra
Submete a valores dados
Mas quimericamente
São favas contadas
E o grande príncipe
Acaba virando um sapo
Ou a princesa dos seus sonhos
Não passe de a bruxa má
Dos contos de fada