UM NATAL ESPECIAL

PALAME-ESPLANADA,BA 15 DE DEZEMBRO DE 2006

O NATAL

Naquele dia, muitas crianças comemoravam o tão esperado natal, mais eu não tive a mesma sorte, pois o que eu mais queria, ganhar era impossível os meus pais, não tinham dinheiro para comprar comida, quanto mais para comprar uma bolinha.

A minha sorte era a minha Vovó, que quando ia lá me enchia de doces, qual é a criança que não gosta de um doce.

AH! Na hora de almoçar colocava aquele, ensopado gostoso de galinha com aquele macarrão.

Era de comer chupando os dedos. Vida de pobre é tão ruim, era tão bom se todos fossem ricos, assim ninguém passava necessidade.

Em minha casa, todo dia é a mesma comida, farinha, carne de sol, feijão e ás vezes tripinha frita.

A mãe não pode nem comprar uma roupinha, para ir á escola bonitinho vou, com a roupa cansada e um chinelo velho.

Isto tudo é triste tenho dez anos, a rua estava até divertida festa, mas como sou uma criança tímida, prefiro ficar no meu cantinho.

Queria tanto ganhar aquela bola, mas quem poderia me dar, pensei em Papai Noel, mas este para mim, não existia.

De repente chutei uma coisa, abaixei, e era uma carteira recheada de dinheiro, não sabia se pegava ou se deixava aquele negocio ali, tive medo, mas enfrentei segurei e andei um pouco.

Fiquei a olhar mais, o movimento, passou um homem todo bem vestido foi logo perguntando:

-Menino por uma acaso achou alguma carteira.

Com medo não tive coragem de falar apenas entreguei, pois a mãe sempre diz que não pode falar com estranho.

O homem olhou para mim, me deu um dinheiro, não olhei nem para trás apenas corri.

Quando cheguei em casa a mãe repreendeu:

-O que houve Diego?

-Ganhei um dinheiro.

-Quem te deu?

-O moço eu achei a carteira dele e ele me deu um dinheiro, vou comprar uma bola, posso mamãe.

A mãe ficou com a porta aberta e aquele homem ficou invocado porque, sair correndo parecendo um bicho do mato, de repente apareceu chamando:

-Por que correu rapaz?

-Foi o senhor que deu dinheiro a ele.

-Foi, mereceu achou a minha carteira e me devolveu.

Aquele homem vendo a casa onde morávamos tirou mais dinheiro da carteira e deu a mãe.

Eu vir os olhos da minha mãe brilhar, e de repente caia lagrimas nas suas faces.

Abracei o homem, agradeci e chamei de Papai Noel.

Fui com a mãe a lojinha comprei a bola.

Assim fiquei feliz, nunca vou esquecer aquele dia...