“A LENDA DO ALECRIM”
Há dias em que se tem a impressão de se estar dentro de um espesso nevoeiro. Tudo parece monótono e difícil e o coração fica triste. É a noite escura da alma.
Era uma tarde de segunda-feira. Fui ao jardim e lá estava nosso viçoso pé de alecrim. Interessante é que quase todos que visitam nosso jardim demonstram afeição e respeito pelo alecrim. E pensei : “
-Vou tomar um chá de alecrim!
Confesso que nunca liguei muito para ele. Mas, naquele dia, com toda reverência, colhi alguns ramos, preparei um chá e o servi em uma linda xícara. O aroma era muito agradável e, a cada gole que bebia, senti a mente ir clareando.
Uma sensação de bem-estar e alegria foi se espalhando pelo corpo e senti enorme felicidade no coração. Fiquei muito impressionada com a capacidade dessa planta transmitir alegria. Aliás, o nome alecrim já lembra alegria. Resolvi pesquisar a respeito e - veja só que maravilha.
O alecrim - Rosmarinos officinalis, planta nativa da região mediterrânea - foi muito apreciado na Idade Média e no Renascimento, aparecendo em várias fórmulas
O alecrim é digestivo e sudorífero. Ajuda a assimilação do açúcar (no diabetes) e é indicado para recompor o sistema nervoso após uma longa atividade intelectual. É recomendado para a queda de cabelo, caspa, cuidados com a pele, lesões e queimaduras; para curar resfriados e bronquites, para cansaço mental e estafa; ainda para perda de memória, aumentando a capacidade de aprendizado.
Existe uma graciosa lenda a respeito do alecrim: “Quando Maria fugiu para o Egito, levando no colo o menino Jesus, as flores do caminho iam se abrindo à medida que a sagrada família passava por elas. O lilás ergueu seus galhos orgulhosos e emplumados, o lírio abriu seu cálice. O alecrim, sem pétalas nem beleza, entristeceu lamentando não poder agradar o menino.
Cansada, Maria parou à beira do rio e, enquanto a criança dormia, lavou suas roupinhas. Em seguida, olhou a seu redor, procurando um lugar para estendê-las.
-O lírio quebrará sob o peso, e o lilás é alto demais – pensou Maria. Colocou-as então sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de coração a nova oportunidade e as sustentou ao sol durante toda a manhã.
-Obrigada, gentil alecrim! - disse Maria - Daqui por diante, ostentarás flores azuis para recordarem o manto azul que estou usando. Não apenas flores te dou em agradecimento, mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus, serão aromáticos. Eu abençôo folha, caule e flor, que a partir deste instante terão aroma de santidade e emanarão alegria.”
Bom chá de alecrim pra vocês!!!
(recebido por email da amiga Patricia e publicado para conhecimento de meus leitores)
Dia 22 de agosto: Dia do Escritor Louveirense.