“FALTA DE RESPEITO”

Na noite de Sexta-feira Santa aconteceu nas imediações da Igreja de São Sebastião, no centro, a já tradicional e lacrimosa Procissão da Via Sacra, que recorda as 14 estações que Jesus Cristo passou ao ser condenado à morte na cruz.

Os jovens do Grupo Kairos representaram magnificamente os personagens da Via Crucis, comovendo a todos que ali participavam.

Mais uma vez o brilhantismo da grande amiga Dra. Mariane Zufelato, interpretando a Verônica, a mulher que enxuga o rosto de Cristo no caminho do Calvário estampando o mesmo no linho, cantando:

-Óh vós que passais pelo caminho... parai e vede se há dor maior que a minha dor!

Os fiéis, pesarosos, contritos, caminhando e fazendo as orações após as orientações litúrgicas do reverendíssimo Padre Ivan, do Padre Ilton e das leituras realizadas pelo jovem Renato, do Grupo Kairos.

Porém, o que mais me entristeceu foi ver que pelas ruas onde a procissão passava, com suas orações entoadas pelos fiéis, os comércios ali existentes, que ainda se encontravam abertos, assim permaneceram, alguns mesmo com o som muito alto, com músicas de pagode, em completo desrespeito ao ato católico que se realizava.

Me recordei de quando criança, freqüentando com meus pais essa tradicional procissão, o comércio lá de Franco da Rocha, onde eu morava, baixavam suas portas ao passarem os fiéis, num ato de respeito e de religiosidade.

E isso me faz pensar no quanto os homens estão, dia a dia, mais se afastando de Deus, dos ensinamentos, da educação e do respeito ao próximo. Assim, a cada dia, mais chafurdam no lamaçal da falta de educação, do desrespeito e da falta de humanidade e de ombridade.

Enfim, falar de respeito e educação é tema que muitos não gostam e talvez nem sequer leiam, porque é piegas demais e no mundo de hoje tudo pode e tudo vale.

Engano!

No mundo de hoje é que temos que mostrar aos nossos jovens e crianças o verdadeiro sentido da educação, do respeito e da fraternidade.

Enfim, aqui fica meu lamento pelo acontecido durante a procissão de sexta-feira passada, onde homens que não sabem o que fazem ainda cravam os pregos nas mãos de Cristo.

Dia 22 de agosto: Dia do Escritor Louveirense.