O PORTA-RETRATO (EC)
 

Depois do ato ter sido dado como consummatum est, a mulher coberta com o seu luto tomou o caminho de casa. Declinou de companhia, preferiu ir  só. Abriu a porta, que fez um ruído  soando como  um gemido e dirigiu-se até uma mesinha perto do sofá da sala apanhou um porta-retrato que estava sobre ela, sem fixá-lo, abriu uma gaveta e o pôs dentro fechando-a. Respirou fundo e disse pra si mesma: não chore, não se desespere, é preciso dar tempo ao tempo. Passaram-se os dias... semanas... meses... anos... E nunca mais a gaveta foi aberta , mas a mulher jamais conseguiu esquecer  o rosto bonito  do moço da foto ...

 

Este texto faz parte do Exercício Criativo – O Porta-retrato
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Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 09/09/2011
Reeditado em 09/09/2011
Código do texto: T3209358
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