Mil maneiras de perder o homem errado e uma maneira de achar o homem certo.

Estava pensando no grande desejo de toda mulher em achar o homem da sua vida. Um homem perfeito de acordo com o perfil dessa mulher. Algumas resolvem apostar nessa busca como o objetivo de suas vidas. Dessa forma tornam-se verdadeiras experts em relacionamentos. Ao conhecerem o futuro candidato, elas conseguem avaliar o caráter desse futuro eleito imediatamente. Se for um homem esportivo, elas começam a se dedicar aos esportes, se é um homem caseiro, elas começam a buscar conhecimentos sobre a arte do lar. Enfim em qualquer situação existe a possibilidade dessa mulher se enquadrar ao perfil desejado desse homem em questão no momento. Eu, certa vez me apaixonei por um rapaz que era desportista. Adorava montanhas, natureza, ciclismo. E em um mês muito quente, fomos acampar em um cânion e para chegar até lá caminhei 15 kilometros – quase morri. ( Somente para esclarecimentos, sou apaixonada pelo mar, porém sou completamente urbana. Adoro ver o dia raiar não por acordar cedo mas sim por ainda não ter ido dormir). A maioria dessas mulheres que tentam adaptar seu próprio perfil ao homem desejado vê depois de algum tempo seus relacionamentos naufragados. Choram, lamentam, entram em depressão. – O que eu fiz de errado. Eu fui companheira, amante, amiga. Porque não deu certo. Simples, ao invés de pensar em si mesmo como um ser humano que merece ser feliz e ter a vida compartilhada, que era o que realmente queria. Tentando agradar o outro, ela se desagradou e o “outro” percebeu. Todo relacionamento tem que ser compartilhado – se o outro tem uma visão de mundo que difere da companheira, ela ou ela não precisam abandonar sua visão pessoal, mas sim ampliar e perceber também a forma como o “outro” vê o mundo. Nós vivemos num mundo material e isso vale também para as relações afetivas – não é a toa que as cirurgias plásticas estão tanto em alta. (não que eu também não queira fazer). Porém invertemos a forma como avaliamos essa relação, é uma relação que deve vir do coração e não da razão. Jamais poderemos tentar um relacionamento com base no que dizem nossas amigas, nossa família, nossos amigos, nossas revistas, nossa TV, nosso saldo bancário. Nós temos que ter uma relação com base no coração, na nossa intuição. Acredito que ninguém deveria mudar a sua concepção interior por um relacionamento. Eu diria que as mulheres e homens seriam mais felizes sendo verdadeiros. A pessoa certa será aquela que poderá perceber que debaixo de todo verniz conjuntural, esta uma pessoa que é capaz de amar, ampla e profundamente.

Fátima Pacheco
Enviado por Fátima Pacheco em 20/12/2006
Código do texto: T323071
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