O pastor e as ovelhas

Certa vez um pastor de ovelhas foi à cidade. Lá observou algumas coisas. No trânsito, motoristas desrespeitavam os direitos do pedestre como exemplo a faixa de segurança, crianças maltrapilhas e desnutridas que perambulavam em becos e pelas ruas como se procurassem algo. Aglomerados de pessoas empurrando umas às outras na tentativa de alcançarem a porta do ônibus... Parou numa praça, viu bando de pombas que num passe de mágica voavam dos prédios descendo até as calçadas em busca de migalhas ou restos de alimentos deixados por descuido, por desleixo e até mesmo propositalmente, nas calçadas. Essas pombas eram de uma sutileza e brandura imensuráveis!

Desciam em bando, não se esbarravam e todas se alimentavam, até parecia que a comida havia sido preparada para aquela quantidade de pombas!

O pastor passou um dia difícil: Presenciou cenas de violência, desprezo, humilhação, alegrias e tristezas. Retornando ao campo, lembrou da cena das pombas. Pensativo, voltou para suas ovelhas e observou-as com mais atenção.

Suas ovelhas eram solidárias. Quando uma estava em dificuldade as outras berravam para alertá-lo a socorrê-la; ao fim da tarde retornavam ao abrigo aos bandos e sem se empurrarem iam aos poucos se acomodando naquele espaço reduzido, depois de acomodadas, quem as visse pensaria que foram colocadas criteriosamente em cada lugar. Até parecia um chumaço de algodão. A ver as ovelhas tão unidas, o pastou repousou seu cajado e pensou:

- Meu Deus, precisamos de tão pouco para termos PAZ e sermos felizes. Basta que cada um faça a sua parte, que seja sutil como as pombas e manso como as ovelhas no convívio diário com os nossos semelhantes. Se agíssemos assim, com absoluta certeza viveríamos a plenitude da PAZ.

Não precisamos de tecnologia de ponta para sermos felizes, e sim de SABEDORIA

Maria Helena Batista de Carvalho

Maria Helena
Enviado por Maria Helena em 09/07/2005
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