Jobs

Todo mundo está falando muito do Steve Jobs. Se essa máquina fosse uma Apple talvez até grafasse quando “percebesse” o nome digitado agora. A genialidade do Steve deve se manifestar sem que percebamos o quanto ele influencia o dia a dia das pessoas, menos ou mais diretamente, dizia uma amiga executiva de tecnologia de informação. Confesso que ainda torço o nariz para o velho Steve porque acho seus produtos muito caros. (Os do Bill Gates, que dizem ter copiado as idéias do Jobs e popularizado os produtos, já são, os do Jobs então...) Mas no Brasil tudo é muito caro. Quem sabe se ele fosse brasileiro e os produtos tivessem sido desenvolvidos aqui...

Bem voltando à morte do Steve, o meu primeiro sentimento foi de lamento pela morte de um cara ainda jovem. A imagem de vê-lo abatido e magro sendo tão rico e inteligente contrastava com aquela fragilidade. Depois, ver debates e ouvir parte dos exemplos e lições deixadas por ele me faz pensar: será mesmo que fazer o que se gosta levará ao sucesso? Certamente ele diria que não é apenas isso, mas que deve ser o primeiro passo. Sua mente certamente precisou engendrar saídas para cada obstáculo, desde os da vida particular, até os cálculos que precisou fazer para materializar suas idéias complexas para os desejos da simplificação operacional que assola quem se estranhava com os primeiros programas de computador. Era uma inteligência capaz de colocar a empatia do usuário comum na frente da vaidade que impregnava as pessoas da área. Outro aspecto da sensacional visão do Jobs era o jeito para sucesso no negócios. Congregar num só cérebro tantas qualidades é realmente um fato raríssimo. É realmente uma grande perda que haveria muito que falar, porém deve ser melhor ouvir (e aprender).