Sobre as flores

Meus olhos percorrem a paisagem...

A mente percebe incontinente a infinita variedade de flores, folhas e cores que compoe o cenário. BELO !

A sensibilidade detecta as texturas, o brilho, nuances e aromas. Tudo ali, reunido num relance de olhos.

Mil comparações podem ser feitas pela mente carregada de informações, pois isto é a natureza, atrelados todos e tudo num único destino.

Infinitas reflexões, religiosas, científicas, existenciais, que levam a um intrincado labirinto de perguntas e respostas sem fim.

Dores que buscam sossego, certezas que vivem na insegurança do jamais ser, e até as alegrias fugazes presas à felicidade efêmera de momentos, tremeluzem na esperança doce de encontrarem refúgio seguro. Que não existe.

Cada resposta abre-se para mais uma pergunta. Cada certeza traz em seu bojo novas dúvidas,

"Há momentos em que o desconsolo ultrapassa a capacidade humana de expressar emoção". Verdade irretocável. Momento solene do encontro profundo da alma com o imodificável.

Mas a flor não cresce sob o solo. Nem o ser imerso na escuridão.

Vivemos na paisagem perfeita da vida, que tem a duração de um sopro e esvai-se no eter como as esperanças na eterna ilusão do amor.

A cada flor sua forma, seu perfume e duração,

A cada ser sua dor, suas inquietações, seu tempo.

A cada flor o beijo da brisa e uma nova manhã.

A cada ser o por do sol e a esperança de um novo amanhecer.

Aziul
Enviado por Aziul em 30/10/2011
Reeditado em 30/10/2011
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