Não digo que hoje, 2 de Novembro,seja um dia para comemorar os mortos.Ninguém “comemora” a morte que significa o não ser e o não ver,mas,reverencia aqueles que partiram depois de cumprirem suas missões na terra.Minha avó dizia ser este um planeta de expiação e que ninguém veio aqui para comer doce;ou seja,viemos expiar pecados passados,enquanto somos espiados por uma divindade amorosa ou severa.
Todos nós tememos a morte, o desconhecido, o outro lado sombrio da vida.
Quem tem uma crença forte ,amparado pela esperança a recebe melhor do que aqueles que acham que ela significa o fim de tudo.Desaparecer para sempre abala nosso ego.
Para mim, a morte significa o “não ver”;não vejo materialmente aquela pessoa,porém,lembro-me dela todos os dias,os meus estão em mim seja no jeito de ser,nos cabelos ou na cor dos olhos.Estão comigo as experiências vividas e os valores passados.Vivos nas nossas lembranças, são imortais.
Somos todos energias. Recebemos um sopro divino que teremos que devolver um dia; foi um empréstimo.
Como conduzimos essa energia divina num corpo falível ai está o busilis.Nós entregaremos uma energia limpa ou conspurcada pela ambição,a intolerância,a mal querença,o desamor?
Pensemos nisso.
As pessoas que se foram partem para o Criador; nós que somos ainda apenas Criaturas temos que cuidar de lustrar diariamente esta energia e trabalhar nossos sentimentos.
Conta uma lenda dos índios cherokees que dentro de nós moram dois lobos que combatem entre si.Um carrega dentro de si a ira,a inveja,a maldade,a dor,a autopiedade ,a tristeza e a superioridade.O outro é pleno de paz,compreensão,harmonia,felicidade,humildade,bondade e fé.
Qual dos lobos vencerá?
Aquele que você alimenta,diz a lenda.
Então,vamos alimentar o lobo certo?