“MAMÃE NOS DEFENDA”

...dos perigos que a vida nos traz!

Só você, com sua solicitude e com o seu carinho, poderá nos proteger e nos guardar...

Quando chegamos para você somos tão pequeninos... tão débeis... que a menor rajada de vento, o mais leve raio de sol, a mais simples gota de chuva ou o suave bater das asas de um pássaro pode melindrar...

E somos, nessa fragilidade toda, uma grande interrogação do futuro a você. Parecerá isso um paradoxo?

A existência é toda feita de contradições e de extremos... E é justamente a você que Deus entregou o seu maior legado... o seu maior tesouro.

De suas mãos, artífice sem rival, pode surgir um forte ou um pusilânime... Um herói, não no sentido de “soldado de armas”, mas um soldado de intelectos... caráter... Ou um covarde... poltrão...

Defenda-nos, mamãe!

Pense quando chegamos para você o que representamos... E você, muitas vezes nos esquece... Nos cobre de rendas, de fitas, de perfumes e de jóias e nos entrega a uma governanta, a uma babá mercenária e vai para festas... para reuniões sociais... para as partidas de buraco... acreditando ter cumprido piamente a sua missão.

Você dá ordens. Paga fabulosos salários. Exige até enfermeiras em uniformes de grande gala... e se esquece... quantas vezes... de pesquisar detidamente o seu coração... o seu procedimento... o seu caráter... a sua índole... a sua alma...

Ela não pode sentir por você!

Não viemos de suas entranhas? Não podemos, portanto, fazer vibrar seu coração? Ela não nos pode amar... e sem amor...

Por tudo isso, mamãe, nos defenda!

Para podermos ser os cidadãos de uma Pátria cada vez melhor... mais íntegra... Para que possamos, enfim, fazermos jus ao nosso Brasil, onde reina a paz e a esperança.

Que você mesma nos leve para o sol que é vida e nos fará outro benefício, recebendo-nos de você!

A brisa da manhã colorirá de rosa nossas faces delicadas e as gotas do néctar sagrado do seu leite enrijecerá nossos músculos dando-nos uma compleição mais sadia. Só assim poderemos, moral e fisicamente preparados, fazermos uma grande Pátria, feliz e respeitada.

Só assim você terá trabalhado como a melhor das artífices na Bandeira da Paz, que, sacrossanta, reinará no mundo inteiro sob um único código... que será universal... seguido por todas as mães que nos ouviram quando chegamos débeis, pequeninos, falando, com a nossa inocência, esta linguagem de hoje.

O dia da criança não foi apenas no dia 12 de outubro, mas que o é todos os dias... lembre-se de nós e defenda-nos, mamãe!

Dia 22 de agosto: Dia do Escritor Louveirense.

Ademir Tasso
Enviado por Ademir Tasso em 06/11/2011
Código do texto: T3320076
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