foto/ heleida/2011
Diálogo silencioso
Tenho dois outonos dentro de mim: um mudo, apinhado de cores que me fascinam; outro, aprovisionado de palavras do meu sentir. Você acha que sou triste? Triste, não sou! Sou outono, nasci no outono! Outono não é só nostalgia. É um sol brando que traspassa os galhos das árvores mais esvaziadas e me faz caminhar com mais gosto. É um sol que desnuda seu corpo no ocaso. É um deslumbrante véu róseo a cobrir o céu. É uma simples folha exaurida pelo calor que se doa para forrar o chão... Você deve ter essa impressão porque nasceu no final do inverno, uma estação gélida, quase sem cor. Então, justifica a ideia de que o outono não é precioso, uma vez que antecede os dias frios que tem pela frente. Entendo agora, porque canta a primavera em meus ouvidos. Claro que também fico ansiosa pelas cores primaveris. Inclusive, uso as mãos e infinitas cores enquanto desenho e tranço fios. O suficiente para sustentar textos mais melancólicos...
Diálogo silencioso
Tenho dois outonos dentro de mim: um mudo, apinhado de cores que me fascinam; outro, aprovisionado de palavras do meu sentir. Você acha que sou triste? Triste, não sou! Sou outono, nasci no outono! Outono não é só nostalgia. É um sol brando que traspassa os galhos das árvores mais esvaziadas e me faz caminhar com mais gosto. É um sol que desnuda seu corpo no ocaso. É um deslumbrante véu róseo a cobrir o céu. É uma simples folha exaurida pelo calor que se doa para forrar o chão... Você deve ter essa impressão porque nasceu no final do inverno, uma estação gélida, quase sem cor. Então, justifica a ideia de que o outono não é precioso, uma vez que antecede os dias frios que tem pela frente. Entendo agora, porque canta a primavera em meus ouvidos. Claro que também fico ansiosa pelas cores primaveris. Inclusive, uso as mãos e infinitas cores enquanto desenho e tranço fios. O suficiente para sustentar textos mais melancólicos...