CRÔNICA DA SEPARAÇÃO

Não era uma simples crise, não era só uma falta de amor, era a ruptura de uma historia o fim de um encontro definido por detalhes que a vida desenhou.

O sentido da perda na separação de corpos, na divisão dos bens, na interrupção da viagem iniciada lá atrás, o sentido que perde a razão, sem motiva da dor.

A deterioração do amor, causada pela falta do dialogo, pela não querer ouvir, pela razão que todos têm e ao mesmo tempo não a tem, pelo eu que fala mais alto que o nós, por tudo que se perdeu na estrada da evolução.

No decorrer da historia sinais de alerta são dados, alarme disparar, insatisfações são caladas em nome de uma paz aparente, as vidas são lavadas em banho maria, deixando a solidez de lado e se embarcando na onda do marasmo.

Enganos de superioridade estão enraizados, palavra individuais proferidas sem o devido cuidado, flores esquecidas nos dias de paixão.

Cds, dvds, tv, jornais, revistas, e-mails, tudo a serviço da distancia de quem tão perto está, artigos de fugas da conversa indesejada, do sorriso amarelado, do beijo sem tesão, do abraço distante, do almoço contaminado por um silêncio ensurdecedor.

Evitar a morte de uma historia está diretamente ligada ao diagnostico detectado ao longo do tempo, é preciso estar atento, é preciso alertar o coração sobre os desvios.

O fim revela a incompetência de quem não amou como o outro precisava ser amado, não perdoou como o outro ansiava em ser perdoado, não ouviu como o outro precisava ser escutado, não abraçou quando o outro pedia um achego, não sorriu quando o outro lhe roubou uma flor e disse “TE AMO”.

Perdeu quem não quis aprender, ficou com lagrimas quem não reconheceu a vida como professora que jamais nos deixa passar, pois somos pequenos demais para alcançar a formatura da historia.