PRECONCEITO - UMA HISTÓRIA QUE VIVI

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É um “juízo” preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude “discriminatória” perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou “estranhos”. Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, “racial” e “sexual”. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito)

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Relato aqui uma história pela qual passei (já ouvi tantas outras...)

Em pleno século XXI e, ainda, há tanto preconceito. Eu mesma já sofri, por ter mãe branca e pai negro. Minha sogra, ao me conhecer, perguntou ao meu atual marido se eu tinha o pé na cozinha. Uma mulher graduada, de boa família e socialmente bem “colocada”. É mole? Portanto, nada adiantou tanto estudo e boas oportunidades na vida se ela não aprendeu o principal: respeitar o ser humano. O pior é que a mãe da minha sogra também, ao me conhecer, perguntou-me se eu tinha tomado sol. Eu respondi: meu pai é negro. A senhora arregalou os olhos, não me esqueço.

O engraçado é que não fiquei magoada, fiquei decepcionada com tanto atraso de vida. A família da minha mãe é descendente de italianos, e eles aceitaram meu pai, que possui na família negros, índios e espanhóis. São visões tão diferentes sobre o ser humano. Bom, eu sou uma “mistureba” só, como a maioria dos brasileiros. Afinal, brasileiro puro só os índios. Somos uma miscigenação de raças que foi se formando ao longo da nossa história.

Sobre o preconceito racial, social e sexual, eu defendo que ninguém tem o direito de julgar ninguém, porque somos únicos e cada um possui suas qualidades e defeitos. E que deveríamos nos preocupar mais com o mau-caratismo que assola nosso país. Mau caráter não está na cor da pele, no status social ou na opção sexual, inicia-se em uma família mal estruturada, na falta de limites, de amor e de carinho — ao menos assim penso.

Essas pessoas preconceituosas deveriam se preocupar com esse tipo de gente, mas muitas delas surgem de famílias que praticam esse juízo. Fico feliz por meu marido não ter sido “contaminado”. :-)

Cada um tem sua história, rico ou pobre, branco ou negro, mulato ou amarelo, homossexual, heterossexual ou bissexual, e tantos outros rótulos que para mim não dizem nada. O que conta são as ações que o ser humano pratica.

Sinceramente, desejo que o amor contagie a humanidade e quebre esse estigma que persegue muitos de nós. Viva a vida. Respeite o ser humano do jeito que ele escolheu ser. Poderá descobrir um mundo muito mais colorido e feliz dentro de você! :)

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Marcela Re Ribeiro
Enviado por Marcela Re Ribeiro em 17/11/2011
Reeditado em 03/03/2020
Código do texto: T3341161
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