Um supermercado

Dr. Clemente foi a um supermercado. Igual a maioria deles. Este também estava lotado. Todos andam lotados. Abarrotados.

Gente de todas as idades por todos os lados.

Ao entrar viu filas enormes nos caixas. A espera seria de mais de hora.

Precisava. Era necessário ir ao mercado.

Pegou um carrinho.

Pensou ter conseguido o melhor. Não o fez. Ele puxava para o lado. Voltou para trocar. Não havia mais nenhum. Ficou com o mesmo.

Logo na entrada, alguém bateu com carrinho em sua perna. O agressor sorriu, pediu desculpas, como sempre acontece, mas Dr. Clemente mancou por alguns segundos então parou para se recuperar. Estava doendo.

Neste tempo, parado, observou pessoas enlouquecidas cheias de pressa, esbarrando-se, batendo-se umas as outras, agarrando furiosamente os produtos, como se tudo fosse acabar jogando-os nos carrinhos, sem os menores cuidados.

Uma senhora nem conseguia manobrar seu carrinho pela disposição dos produtos.

Auxiliou-a organizando suas compras.

Orientou-a para colocar as coisas mais pesadas na parte de trás o que deixaria as rodinhas da frente mais leve facilitando as manobras.

Recuperado foi calma e prazerosamente fazer suas compras, divertindo-se com tamanha algazarra, pensando que de nada adiantaria entrar naquele ritmo frenético, comprar errado, atropelar pessoas e depois ficar uma hora parado na fila do caixa.

Assim o fez.

Quando chegou à hora de passar pelo caixa, as filas já estavam menores, passou tranquilamente por uma que acabou de abrir.

Foi para casa tranquilo com seu dever cumprido. Sem ter ficado estressado.

Antonio Fernando Ribeiro
Enviado por Antonio Fernando Ribeiro em 06/12/2011
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