ADEUS, “ZÉ” – O Rio Grande Morre um Pouco

O cantor e compositor nativista José Cláudio Machado, o “Zé” dos amigos, morreu aos 63 anos de idade, nesta segunda-feira, 12 de dezembro, em Porto Alegre, no Hospital Mãe de Deus, onde tratava complicações pulmonares.

Muito provavelmente, para muitas pessoas, este nome passe despercebido. No entanto, José Cláudio Machado foi um marco insubstituível dentro da música nativista do Rio Grande do Sul, quando em vida. Agora é um símbolo para aqueles que carregam um pouco da história desta terra campeira nas canções que cantam (assim como eu).

José Cláudio Machado nasceu em Tapes/RS, em 17 de novembro de 1948. Passou do conjunto Os Tapes, para o grande público, ao vencer a segunda edição da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, em 1972, com a composição Pedro Guará (parceria com Cláudio Boeira Garcia). Gravou 14 discos e eternizou clássicos como Pêlos, Milonga Abaixo de Mau Tempo, Cantar Galponeiro, Poncho Molhado, Campesino e tantos outros.

O “Zé” Cláudio sempre criticou o que considerava errado, carregava essa ânsia de artista rebelde, batendo bem forte no peito xucro.

Na minha mais despretensiosa opinião, posso dizer que José Cláudio Machado foi o maior intérprete da música nativista e galponeira que pisou neste torrão de querência rio-grandense.

São tantas as palavras que poderia escrever referentes ao “Zé”, por tê-lo conhecido um pouco, mas... a tristeza é tamanha. Creio que, com o falecimento do José Cláudio Machado, o Rio Grande morre um pouco também (ao menos, para mim).

Vai embora meu amigo... te “oitaveia” nalgum balcão de pulperia que tenha por lá, golpeia um liso de canha e... aguarda por mim!!!

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