Até onde pode ir o ódio de uma mulher?

MUTILAR. Ferir. Dentro de cada uma de nós - mora um animal violento. Mas entre o

impulso e a ação há uma força maior capaz de deter o ataque dessa fera.

“O ódio de uma mulher por um homem não tem limites”, palavras do psicanalista Paulo Gaudêncio. Pior: não é exclusividade de mentes doentias. Qualquer pessoa pode cometer um desatino como jogar o carro encima do namorado ou quebrar uma garrafa na cabeça dele. A boa notícia é que esse tipo de comportamento normalmente ocorre entre mulheres que não colocam a agressividade para fora na hora certa. A mulher que prefere engolir sapos, aparentemente passiva, ao sentir que foi machucada além do que é capaz de suportar, pode ver sua agressividade fugir do controle. Como não permitir que isso aconteça ? Sabendo dizer não. O ato mais agressivo que o ser humano pode e deve fazer é dizer não todas as vezes que sua dignidade for ferida, humilhada, ultrajada, ignorada, agredida. É falar, “não quero”, “não vou “ , “não faço “...

Mas muitas mulheres acham que devem agüentar tudo.

Acreditam que esse é o seu papel na relação.

Muitos relacionamentos acabam ou dão margem a explosões de ódio porque a mulher não sabe mostrar ao homem até onde ele pode chegar, não estabelece limites.

No final, ela põe a culpa no outro, mas no fundo sabe que foi ela que se deixou agredir. Quando resolve colocar as mágoas para fora, quer extravasar a raiva que sente dela mesma, por não ter se respeitado e definido o espaço que o outro deveria ocupar na sua vida.

Ao usar qualquer tipo de violência contra um homem, seja ela decepar o pênis dele ou outras menos drásticas, a mulher está acima de tudo querendo romper com sua situação de impotência.

Decepar o símbolo do poder masculino pode ser uma tentativa de acabar com o suplício e devolver a violência na mesma medida. A inveja do pênis, a que se referiu Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, não está relacionada ao órgão em si, mas ao que ele representa. Ter um pênis significa poder trair sem ser punido e ter o direito de se julgar o dono do mundo. Ao mutilar um homem, a mulher mostra que tem o poder de estigmatizá-lo para sempre. Porém, não resolve o problema. Se ela realmente quisesse acabar com a submissão da qual se sente vítima iria embora. Mas prefere essa saída porque quer que o mundo pare de considerá-lo como homem. Acredita que só assim ele vai se arrepender do que fez.

Sua idéia é devolver o sofrimento na mesma moeda sem se importar com o fato de que também será estigmatizada.

A base de todo o ódio que ronda os relacionamentos está na entrega do poder que a mulher faz ao homem. Ela engole a raiva porque acha que isso é bom para os dois. Ela se anula por temer uma separação. Não percebe que quanto mais submissa, menos desejável fica.

A sociedade, ao ensinar à mulher que seu objetivo é encontrar um príncipe encantado, cria uma cobra que guarda todo o seu veneno para o ataque final.

Não permitir que o ódio fique represado dentro de nós - ou seja, aprender a explodir na hora certa e domar nossa fera interior.

E lembrem-se queridos amigos : fera treinada não ataca !

Mas o bom mesmo é barbas de molho,

juízo e...caldo de galinha !!!!

Rejane Savegnago
Enviado por Rejane Savegnago em 15/12/2011
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