O primeiro dia
 
Que o primeiro dia do ano não seja uma amostra do que será o ano todo porque ninguém merece que o mundo acabe outra vez em dilúvio. Chove que chove, até parece que meu pranto interior resolveu se manifestar assim, molhando a cidade toda, quiçá o estado todo e mais ainda todo o sudeste. Chove uma barbaridade e a casa vazia parece mais vazia ainda, pois todos os que vieram se foram, até os daqui que andavam ficando por conta da muvuca.

Estou com minha agenda aqui do lado e amanhã tenho muita coisa para fazer, ainda bem que aprendi a não planejar para o ano todo, para o dia seguinte já está danado de bom. Mesmo assim a lista está grande e duvido que eu vá conseguir fazer tudo o que planejo, principalmente se continuar chovendo.

Estou aqui implicando com a chuva, com o começo do ano, implicando com os fiéis de uma Igreja Evangélica recém inaugurada, implicando com a TAM, todos que fizeram minha irmã perder o vôo para Recife. Pois não é que mesmo saindo de casa cedo ela não conseguiu chegar a tempo em Guarulhos para voltar para casa. Pior ainda, mesmo chegando a tempo, pois chegou às 20h45min e o vôo era às 21h15min, o embarque já tinha sido encerrado. Prometo nunca mais viajar pela TAM e se fosse comigo eu iria brincar de processá-la. E processava a Igreja Evangélica também. E São Pedro. Ainda bem que amanhã é segunda feira, que é um dia bom para (re) começar qualquer coisa, seja lá uma dieta ou coisa semelhante.

Estou pensando aqui, ainda é o primeiro dia, portanto é tempo para desejar tudo de bom para todos que lerem essa minha crônica desajeitada, feita de saudades de escrever, já que andei um pouco sem praticar por esses dias, curtindo a beleza de ter uma família linda, embora muitas vezes bem chatinha. Portanto um ano inteirinho melhor do que foi hoje para vocês e para mim também.