EM BUSCA DA FELICIDADE

Buscar a felicidade! Em todos os tempos esse sempre foi o maior anseio da humanidade; Ser Feliz!

Imaginemos o que era felicidade para o Homem das Cavernas: conquistar o alimento de cada dia; ter um abrigo para se proteger da chuva e do frio; dos animais que poderiam devorá-los; participar de um grupo para ter a sua vida protegida...

O homem evoluiu e as necessidades básicas para se conquistar o mínimo de conforto continuaram quase as mesmas. Acrescentou-se apenas, e essa, muito importante, a questão do emprego, do trabalho remunerado, pois, com as revoluções sociais o homem precisou trabalhar, produzir para garantir o seu salário e o seu sustento. E para muitos o simples fato de ter esse trabalho já é motivo para estar feliz.

Hoje com o advento da tecnologia, da sociedade de consumo, do capitalismo selvagem, ficou muito mais difícil alcançar essa “felicidade” porque as pessoas estão sempre em busca de mais, em busca do mais novo, do melhor, do mais caro, e nunca conseguem estar satisfeitos porque quando alcançam o objeto do desejo, já perdem o interesse pelo que conquistaram e vão em busca de um novo objetivo.

Se isso por um lado é bom por impulsionar a evolução humana, por outro lado é muito desgastante porque nunca tem fim.

Vemos pessoas que têm muito dinheiro, muitos bens materiais, mas não conseguem ser felizes.

Por que é tão difícil ser feliz?

Há, é certo, pessoas que não entram nessa paranóia do consumismo, e conseguem sentir felicidade com o mínimo conquistado.

É dessa possibilidade que eu quero falar: ser feliz com muito pouco; ser feliz com a simplicidade. Valorizar as mínimas coisas, os menores gestos!

Eu acredito na felicidade! Naquela felicidade conquistada através das coisas mais simples, dos sonhos mais lúdicos, dos sentimentos mais puros!

Não quero ter que passar por uma doença, ou pela perda de um ente querido ou de um emprego para só então descobrir que eu deveria ter valorizado aquilo que eu tinha e dizer eu era feliz e não sabia!

Quero ser feliz ao admirar o mar, a lagoa, o nascer do sol, o pôr do sol!

Eu quero sentir felicidade ao observar a abelha colhendo o néctar de uma flor; ao ouvir os sanhaços cantando, mesmo que seja na caixa do ar-condicionado do meu apartamento, onde eles resolveram fazer seu ninho!

Sinto felicidade ao ver os meus filhos formando suas famílias, assumindo seu lugar nesse mundo!

Sou feliz ao ver meus netos brincando, crescendo, descobrindo a vida!

Sou feliz quando saio em minha bicicleta e pedalo por vinte, quarenta, oitenta quilômetros e chego em casa exausto, mas realizado, mesmo que algumas vezes eu caia, rale o joelho, rale os braços, machuque o punho!

Quero ser feliz e sou ao lado da minha amada, da minha paixão, mesmo que vivamos aos trancos e barrancos, entre idas e vindas, mas é a ela que eu amo e isso me faz extremamente feliz!

Quero curtir dizer safadezas bem baixinho no ouvido dela, e ouvir sua resposta no meu!

Quero me sentir feliz ao ajudar a um necessitado ou estender a mão a uma pessoa que esteja precisando de algo, ou ao ofertar uma palavra amiga, um abraço, um sorriso, um afago!

Quero me sentir feliz ao ser educado, tratar bem as pessoas que me cercam, relevar as atitudes grosseiras para comigo (nem todas)!

Quero dar gargalhadas das coisas mais bobas; quero ir a campo torcer pelo meu time de futebol, xingar o juiz, gritar gol e sair de lá feliz, tendo vencido ou perdido (nem tanto)!

Eu quero é ser feliz! A vida é muito curta e eu tenho urgência em ser feliz!

Por isso eu continuo tentando. Posso até não conseguir, mas quando eu chegar lá no final da minha vida, olhar para trás e vir que fui persistente e tentei até o último instante, já terá valido a pena, e isso será motivo de felicidade!