Provas de amor pedidas

Parada atônita contemplando o mar a menina acariciava a barriguinha crescida.

Sozinha criaria aquele filho. O barco dele sumiu na névoa triste daquela tarde.

A fina areia cobria seus pés. As ondas os lavavam.

Promessas ditas ao vento. Provas de amor pedidas, cedidas, na quente areia, foram gravadas na memória do oceano, que a todo o momento para seu tormento eram relembradas pelo som do mar.

As cenas da intensa, louca, inconsequente paixão vivida naquela noite quente de verão eram repetidas em sua mente.

Um filho.

Uma mãe sozinha.

Um pai que se foi em busca de novas paixões ardentes com jovens inexperientes.

Antonio Fernando Ribeiro
Enviado por Antonio Fernando Ribeiro em 08/01/2012
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