A Lagarta

Ela estava na parede do muro amarelo, com tantas plantas e folhas ali pertinho e ela estava na parede do muro amarelo. Peguei uma folha ainda jovem de verde claro quase transparente, mas grande o bastante para me proteger de possível ou impossível mordida da lagarta. Aproximei a folha da parte da bicha que eu pensei ser a cabeça, geralmente come-se pela cabeça. A lagarta ficou furiosa. Balançava pra lá e pra k. nem comia nem subia na folha. Eu queria fazer a mudança dela para as plantas e folhas ali pertinho.

Percebi que se continuasse eu acabaria machucando a bicha lagarta ou me ferindo gravemente. Joguei fora a folha verde claro quase transparente, falei um palavrão dos pequeno pra ela por eu ter colocado minha vida em risco inutilmente e fui embora fazer o nada que estava indo fazer. Na manhã do dia seguinte, hoje, eu passei no mesmo bat local quase na mesma bat hora e lembrei da lagarta. Fui ao encontro dela.

Ela não estava mais no muro amarelo. No mesmo lugar, exatamente no mesmo ponto do muro amarelo, estava e ainda está, um casulo. A lagarta escondeu-se de mim e do mundo para que aconteça uma da mais misteriosas e maravilhosas transformações da natureza. A lagarta preparou seu vestido de debutante, não será mais lagarta, e logo estará rodopiando em seu bailado impreciso.

Mas se você pensa que ela vai lembrar-se do camarada que pos em risco a própria vida tentando alimentá-la, tentando dar para ela um lugar mais acolhedor que o muro, você esta redondamente enganado. Assim que desencasular vai picar a mula pras bandas de Petrópolis, e eu sei para a casa de quem mais me recuso a falar, largata ingrata.




Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 18/01/2012
Código do texto: T3447490
Classificação de conteúdo: seguro