Reluzentes e engraçados desatinos
Jorge Luiz da Silva Alves



      Fique rico ou morra tentando; quem sabe, no Além, o dito do rapper ianque faça sentido. Nesta inglória existência de contas e pecados a pagar, honestidade é hipocrisia, libidinagem virou atração, sinceridade é sinônimo de ingenuidade – o que conta é ser cachorra, pilantra, submisso à notoriedade e ao poder da grana “que ergue e destrói coisas belas” (caetanamente falando), ribeirinhamente entregar as filhas às casas de mãe joana e os filhos para os “banhos da cláudia”, pois afinal de contas, “o mundo precisa de riso, não é?! Então, por quê censurar quem mata p'rá enriquecer, ou morre no afã dos louros dum César-de-ocasião?! Se existe honra na morte, deve ser a morte em busca das gemas faiscantes da cobiça que povoam nosso cérebro em busca do maior dos pecados humanos, a Vaidade – quem sabe, lá do Além, realizar-me-ei, vendo meus restos apodrecidos no alicerce dos princípios, mas reluzentes com os diamantes que revestem o telhado de minha ganância?!




http://www.jorgeluiz.prosaeverso.net


Jorge Luiz da Silva Alves
Enviado por Jorge Luiz da Silva Alves em 19/01/2012
Código do texto: T3448842
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.