EU SEREI O QUE O SENHOR DESEJAR QUE EU SEJA

A frase que intitula este texto está no livro de “Carlos Costa”, jornalista, poeta e contista amazonense. Na verdade nós somos para o outro aquilo que ele pensa da gente e permanecemos assim até que aconteça um fato ou que a gente prove em contrário. Dizem que “a primeira impressão é a que fica”. Não esqueça disso.

Cabe aqui lembrar aquela velha história do “Ladrão do Machado” para a gente comprovar o que foi dito. Aquele senhor que perdeu seu machado e viu o vizinho podando as árvores de seu quintal com o machado igual ao seu, não teve dúvidas: Esse homem é ladrão de machado. E ele continuou pensando erradamente a respeito do daquele homem até quando encontrou o seu machado que estava perdido entre suas tralhas ( fato novo). A partir daquela data o vizinho era educado, gentil e trabalhador. Só tinha qualidades boas. Não era mais ladrão de machado.

Nós costumamos rotular as pessoas gerando verdadeiros estereótipos sociais. Fulano é tatuado, é malando. Cicrano usa brinco é suspeito. Poucos têm a capacidade de enxergar além das aparências. Somos os que os outros desejar.

A mídia tem grande poder na sociedade. Seu impacto é tão grande que é capaz de distorcer fatos, de destruir reputações, tornar um cantor bem sucedido. Nossa imagem depende do que a mídia desejar.

É muito comum a gente dizer: Não me incomodo com a opinião alheia, faço o que quero, quando quero e doa quem doer. Para o cidadão que quer ter sua reputação resguardada e que tem um nome para zelar, passar uma boa impressão da sua imagem é um mínimo que deve fazer.

Portanto, meus caros jovens, cuidado com o que você escreve no face book. Dizer que tomou todas, que só se acorda para almoçar, que não leva desaforo para casa pode contribuir para que as pessoas lhe imagine de uma forma que você não deseja. Para quem está a busca de emprego não adianta deixar um currículo lindinho e querer impressionar na entrevista se na rede social você se contradiz.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 30/01/2012
Reeditado em 18/04/2020
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