Comportamento social

Fato no mínimo curioso do comportamento Social do dia-a-dia.

Mundo paralelo 1

O motorista saía do trabalho, para o horário de almoço com seu carro, ia distraído, devagar, saiu do portão, olhou à esquerda, à direita, vários

carros obstruiam sua visão, mas mesmo assim foi, assustou-se apenas um pouco com a ralada que deu no Focus estacionado à sua direita. Imaginou que

poderia ter freiado antes que o carro em sentido oposto fizesse o caminho ficar estreito, e evitado o abalroamento, mas enfim, aconteceu.

Não titubeou, continuou seu trajeto, imaginando também o estrago que teria ficado em sua lateral. Uns duzentinho - pensou. Teria que desembolsar um

pouquinho para deixar o carro lindo como estava, mas era melhor sair dali rápido, vai que alguém vira o ocorrido. Ainda bem que a rua era calma,

pacata, o único que vira o pequeno acidente foi o carro no sentido contrário, um Fiestinha, talvez. Mas este como ele, tão pouco ligou, e seguiu

seu caminho, e talvez pensando: "Não tenho nada a ver com isso".

Ufá! O motorista distraído conseguiu sair dali sem ninguém ver o que ocorrera, que bom, ninguém viu, o mundo é dos espertos - pensou de novo.

O almoço foi muito bom.

Na volta olhou o estrago do outro carro, nossa!! lá se foi o pára-choque. Entrou rápido pra ninguém o vir.

A tarde já esquecera do ocorrido, se gabou do fato para os amigos, ainda mais que seu carro só teve um risquinho de nada. Semana que vem nem

lembraria mais.

A vida volta ao normal.

Mundo paralelo 2

O motorista saía do trabalho, para o horário de almoço com seu carro, ia distraído, devagar, saiu do portão, olhou à esquerda, à direita, vários

carros obstruiam sua visão, mas mesmo assim foi, assustou-se apenas um pouco com a ralada que deu no Focus estacionado à sua direita. Imaginou que

poderia ter freiado antes que o carro em sentido oposto fizesse o caminho ficar estreito, e evitado o abalroamento, mas enfim, aconteceu.

Continuou dirigindo, não tinha como parar na rua, esperou um pouco, enfim foi almoçar.

O almoço não desceu, pensou no que acontecera - Caramba! como pude.

Voltou mais rápido entrou na empresa, voltou, olhou o estrago no pára-choque, foi até o bar em frente, perguntou sobre o dono do Focus. - Ninguém

era dono.

Voltou a empresa, pensou - Deixa quieto, fiz minha parte.

Tentou trabalhar, não conseguiu, algo o incomodava. Pensou em seus valores, olhou pra dentro de si. Deixa quieto.

Alguém é dono do Focus com placa dzx? - dez minutos depois estava na porta da empresa ao lado perguntando ao guarda que era novo na empresa.

"Ninguém vai atrás do dono do carro batido" - Se assusta o Guarda

Eu vou -Fala convicto.

Acharam o dono.

Na verdade dona.

Conversaram a respeito e tudo foi explicado, arcaria com o prejuízo. Duzentinho.

Voltou para o trabalho leve, tranquilo e com a certeza de ter feito o certo.

Não esquecera tão rápido do ocorrido, fazia questão de sempre lembrar, e falaria ao seu filho.

A vida volta ao anormal.

Um Fato que ocorre todo dia em São Paulo, e nos faz pensar com pequenas coisas, em grandes valores como Dignidade e honestidade.

Isto foi real e aconteceu com um amigo, mas ele escolheu a segunda opção.

num mundo de inversão de valores, ele foi anormal, assustando o guarda e aos colegas quando fez este pequeno gesto.

Demi Lopes
Enviado por Demi Lopes em 31/01/2012
Código do texto: T3472587
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