As histórias de desvalores: em foco a prostituição mídica-social.

Quando vejo a mídia se subjugar aos pés da indústria me pergunto: e agora professor?

Vemos os valores serem trocados, o valor material ser colocado de forma diria até imatura à frente dos princípios morais e sociais, princípios estes que nos fazem ser resilientes para conosco e como próximo.

Meu colega de cadeira de espera no hospital disse agora quando vimos a notícia:

__Agora meu filho, descambou!

Tornou-se legal alguns fatores que antes eram ou imorais ou grotescos, a mídia adora mostrar os vais e vens dos que eles chamam de famosos, até de gladiadores, de fenômenos instantâneos da internet.

Vemos pequenas jovens se envolvendo com homens em destaque, composições sociais, que ganham programas, ignoram todas as fusões sociais. Até mesmo situações como diferença física, onde a brutalidade seria no mínimo uma tragédia, ou se colocam em risco que por milagres às vezes acabam bem porque em sua maioria acabam em homicídios onde quem tem o poder se safa rapidinho ou enrola o sistema, pois os mesmos advogados que deveriam levá-los atrás das grades são os que sabemos meandros das leis.

Um querido que acaba de passar na OAB me disse: o bom advogado é aquele que sabe onde estão as falhas das leis dentro do sistema. Isso me assusta.

A palavra de ordem agora é falar sobre prostituir-se, um ex-bbb volta a mídia com algo incrível, uma nova proposta cultural? Fórmula educacional? Uma novidade para a fome ou a miséria? Uma maneira de ajudar a crise mundial? Não, mas para dizer que transou com mais de mil mulheres, e o pior que grandes programas o convidam e ‘pagam’para que ele exponha tal absurdo.

Até a maior apresentadora da TV tem um quadro para falar de sexo com seus convidados que vão se submeter para terem espaço na droga da mídia, aí muitos vão querer dizer que defendem a não censura, mas vejam que parece que o ser humano tem de ser controlado se não como disse o velhinho no hospital: descamba. Acabam perdendo a noção e os sensos morais, éticos e sociais.

Sabemos que a atividade oferece uma oportunidade de ganhar dinheiro com a venda do corpo, agora que se aproxima o carnaval então todos os canais abertos e fechados a cada matéria sobre o carnaval o que menos se fala é sobre o carnaval e sim aparecerá uma mulher semi nua e o câmera irá buscar seu belo sorriso? Não! Irá mostrar a sua bunda e aquele fiapo de roupa atolada entre os glúteos.

Aí querem gastar uma grana louca para proibir o turismo sexual, me ajude a refletir: Há lógica? Principalmente quando nos programas levam crianças imitando a estes belos exemplos?

Sei poderíamos dizer que a maldade está nos olhos de quem vê, será? Pois da mesma forma que na frente da TV estará sentado um ser digamos normal, haverá um que tem distúrbios mentais e que apresenta desvios sexuais, e é para este um produto sendo mostrado e sendo oferecido.

Parece que existe um complô midiático para trazer a sexualidade e a sensualidade cada vez mais precocemente à tona, eu digo complô por que quando algo se torna comum e banal vira um agregado social, a banalização torna aquilo um sem valor. E vemos isso através de revistas, nestes programas que se dão a uma qualidade muito duvidosa, que de cultura nada oferecem, de vez ou outra dão uma casa, reformam um carro, reformam um quartinho, mas o que é isso senão mascarar a cafetinagem que acontece?

E mulheres, semi adolescentes se colocam a isso, em busca do conforto fácil, do dinheiro rápido, e estar na boca da mídia...

O maior exemplo é aquela moça que provocava a todos indo à faculdade com micro vestido e que sua ‘fragilidade’ a tornou alvo de destaque, mesmo assumindo que fazia aquilo como provocação exige ser indenizada por um ato que ela mesmo projetou.

E um monte de menininhas hoje quer se vestir da mesma forma, e dizem que é para ficarem mais sexi onde na verdade seria mais apropriado o termo mais vulgar. Exemplos ruins como estes deveriam ser proibidos, que entrevistas com pessoas que procuram divulgar seus atos imorais como um bom recurso de ascensão social deveriam ser preteridas, como aquelas que batem no peito e dizem: que a sua visão libertina é a certa, pois só assim conseguiu seu status e seu homem rico.

E o pior que nas casas muitos pais acabam seguindo este caminho, como cafetinos, levam suas crianças a realizarem este tipo de aparições, que é onde me dói, pois pais levarem os filhos menores ao sinal para pedir trocados ou vender doces e os conselhos de menores e as proteções ao menor coíbem e tomam seus filhos, mas aqueles que levam suas menores semi nuas a programas assim, para imitarem seus ídolos que também não usam roupas e que descem em garrafas até o chão, esqueci agora não se usam garrafas se encostam lascivamente nos rapazes e dizem ‘me atocha, me atocha, me atocha’ no pancadão. Não seria também uma forma de exposição e exploração infantil? Não, que é isso, é cultural ver uma criancinha de seis anos rebolando e ouvindo que ser mulher é ser cachorra.

E ‘que ser esperta é colocar silicone na bunda e quando for dar entrevista pedir que se filme pegando-a também pelo espelho para aparecer o como ficou depois da cirurgia o seu bumbum’ palavras de Boing-boing ao TvFama .

Digam-me, valorizar o produto assuntamente não são características de prostituição? O que difere entre fazê-lo em rede nacional e de fazê-lo aqui na rua de trás da Rodoviária velha?

Um amigo me disse ‘ a mulher de hoje enlouqueceu, as criança perceberam o poder que têm, a mídia está oferecendo um apelo sexual unido a uma virose pornográfica para essas mentes desvirtuadas, e não é só masculina. Onde iremos parar? Se agora ela, essa mentalidade criada pela mídia do consumo sexual está desejando tudo, menos o que presta?!’

O que dizer da nova onda de filmes? Como o que conta a história da profissão,de Bruna a surfistinha? Como é visível que tal filme quer se valer do comum na intenção de ludibriar o senso moral e os direitos,, uma história vazia, que em suas linhas tenta trazer uma posição de vítima, que existia uma falta de opção profissional e por isso teve de ’ir à luta’ para pagar suas contas por que não se contentava com pouco, queria se vestir do bom e do melhor, o que mais me chocou foram as músicas infantis, que só a isso já lhe daria descrédito em sua intenção de apresentação do filme, que segundo suas opiniões essas músicas remetem a sua inocência perdida nas mãos daqueles papis que pagavam suas contas.

Essa visão turva, vem arrecadando asseclas que acabam se posicionando a uma vida sem teor, um corpo programa do aos interesses de fetiches, e aparecem dia-a-dia, em programas de auditório que em pouco vão posar nuas, marias-chuteiras ganham posições e programas, e são chamadas de divas, de celebridades, e eu que achava que uma cantora como Gal é que é diva, uma atriz como Fernanda Montenegro é diva, mas ‘apeladamente’ mostrou a bunda,se deu nome de fruta ou posou nua vira diva da noite para o dia, e o pior atrai pessoas, existe atrás de algumas estas mulheres da mídia pornô ascendente que têm uma legião de admiradores, mas vamos e venhamos aí caberia até aquele velho adágio: ‘pelo andar da carruagem é que se sabe quem anda nela.

Infelizmente vivemos em uma época permeada pelas "prostitutas informais ou sociais".

A sociedade aceita o que a mídia que antes apenas só informava e que agora interfere, e nessa inferência nos impõe esses valores desta prostituição informal e aos poucos estes desvalores vão sendo incutidos nas mulheres desde cedo. Lamentável, não percebem que esse sistema apenas as subjuga e acaba trazendo infelicidade...

Desclassificando a luta de Marx sobre o uso operário como mercadoria.

Este materialismo contemporâneo apresentado não é uma defesa contra um ‘ideal opressor’, mas simplesmente o ‘novo ideal opressor’.

Quero que lembrem, e deixo claro, que não estou denegrindo a profissão e sim alguns maus exemplos que ganham a mídia distorcendo esta realidade que não é aquela demonstrada ao mundo em nota de sucesso como se isso servisse de exemplo a outras a seguirem o mesmo caminho. Prostituição é apenas uma promessa de lucro e acúmulo material, que pode milagre.

Produzem-se alguns jogadores milionários, alguns ganhadores de loteria, se forjam alguns milagres... E pronto. Um monte de gente dilui seu patrimônio em troca de um sonho deliberadamente projetado.

A prostituta não está errada em desejar conforto e uma vida materialmente melhor. Apenas não está informada da maneira correta de fazê-lo.

É mais uma vítima de sua própria burrice ou ganância, como aquela menina que quer ser modelo, mas não vai a nenhum curso ou concurso e quer ser achada na rua ao acaso por um programa de TV ou quando passeia no shopping depois de ter vomitado no banheiro por algum publicitário caçador de talentos.

Assim como aquele boleiro que acha que se continuar jogando ali no banhado algum olheiro vai encontrá-lo assim do nada ou aquele que sonha em ganhar na loteria, mas não faz um jogo ou como eu não os confiro.

Aquele supersticioso-religioso que acredita que se pagar R$50 num frasquinho de óleo vai retirar suas maledicências da vida onde só o uso da palavra certa já lhe serviria.

E que dizer daquela pessoa que faz um monte de dietas loucas esperando emagrecer sem realizar nenhuma atividade física ou fica levando choques na barriga enquanto come pipoca assistindo TV...