E COMO FICA O (SOBERANO) DESEJO DE DEUS, DE QUE TODOS NÓS SEJAMOS SALVOS? 2
POSSÍVEL CONFLUÊNCIA  DE HEBREUS, 9:27-28, COM JOÃO, 3:3-6 5
ESTRESSES DO FIM, OU MELHOR,  DA MUDANÇA DOS TEMPOS 15
 
 
 
E COMO FICA O (SOBERANO) DESEJO DE DEUS,
DE QUE TODOS NÓS SEJAMOS SALVOS?
 
 
{“... Deus, nosso salvador, que quer que todos os homens sejam salvos e venham ao conhecimento da verdade.” – Timóteo I, 2:4.}
 
Essa passagem bíblica equacional é de difícil solução para os biblicistas exegetas e escatólogos salvacionistas, isso se partirmos do pressuposto de que a vontade de Deus tem de se cumprir e de que a Sua vontade é soberana. É de se levar em consideração, contudo, a poderosa variável livre-volitiva de cada um de nós, de cumprir a vontade divina a tempo e modo, na faixa de liberdade que cada um de nós sempre tem, por menor que seja.
O próprio assim denominado livre-arbítrio, de certa forma, é uma lei criada por Deus para nosso uso e até abuso, mas até certo limite, até o limite que Deus impõe para, barrando-nos um transpasse livre, nos “forçar” a dar um passo adiante rumo à observância da lei do progresso, que nos aproxima mais Dele, e que, consequentemente, nos afasta do nosso passado de equívocos e de ilusões no uso antievolutivo do livre-arbítrio. [Essa “força” não nos faz evoluir, mas apenas nos faz desinevoluir. Evolução para Ele acontece apenas quando, de motu próprio, damos o primeiro passo, a partir de onde estamos, para adiante ou para cima. A pressão externa funciona apenas como um convite ou uma advertência.]
Assim como os astros, e ainda que em velocidade, ritmo, frequência e periodicidade diferentes, todos nós estamos subordinados a ciclos e círculos e estamos fadados a nos expandir universicamente.  Estamos todos condenados a marchar para Deus. Mesmo que isso contrarie o uso em sentido contrário que fazemos do livre-arbítrio; mesmo que para isso recebamos de vez em quando uma “forcinha” cósmica, inclusive em forma de dor e de transferência de ambiente de provas e expiações (como, por exemplo, de um planeta para outro, de uma faixa de mundo para outra, de uma dimensão, de uma cultura, de uma etnia, de uma família para outra e também de um corpo físico para outro). 
 
Destaquemos aqui que as expressões “soberania da vontade de Deus” bem como “livre-arbítrio” não se encontram textualmente na Bíblia, mas várias passagens bíblicas apontam na direção dessas duas grandezas universais. 
A tradução esperanta da passagem bíblica de Timóteo I, 2:4, diz assim textualmente: “Mi konsilas do, antaux cxio, fari petegojn, pregxojn, propetadojn, dankojn por cxiuj; por regxoj kaj cxiuj eminentuloj, por ke ni vivadu trankvile kaj kviete en plena pieco kaj seriozeco. Tio estas bona kaj akceptebla antaux Dio, nia Savanto, kiu volas, ke cxiuj homoj estu savitaj kaj venu al la scio de la vero” . 
“Estu” em Esperanto é o verbo ser ou estar no modo imperativo, e “savitaj” é o verbo salvar como particípio passivo passado plural. Isso quer dizer que Deus quer que futuramente todos nós tenhamos sido salvos por nós mesmos, ou que futuramente todos nós tenhamos sido salvos por Ele.
Portanto, se Deus quer, e se a Sua vontade é imperativa ou soberana, isso quer dizer que nada O impedirá de salvar todos os homens (encarnados ou desencarnados), ainda que cada salvado em seu tempo, lugar e modo individuais; ainda que um salvado ou outro conspire durante algum tempo contra essa própria salvação de si.
A salvação ou salto evolutivo para se começar a viver futuramente em um mundo melhor (aqui neste contexto, a própria Terra) é um fenômeno individual, e a misericórdia de Deus é infinita, ou seja, não limitável por fim de idade de mundos (mudança de padrões vibratoriais planetários), não é isso? Aqueles, pois, que não conseguirem seu passaporte de salvação, ou melhor, a autopermissão para poderem viver na Nova Terra (“paraíso recuperado”, “nova Canaã”, “nova Jerusalém”...), continuarão sua caminhada ascensional, normalmente, só que em outro mundo-plano, compatível com suas necessidades autocorretivas. 
[O prefixo “auto” logo acima é usado porque a seleção espiritual entre os que ficarão e os que pegarão “a nuvem das 9h” depende exclusivamente do padrão vibracional de cada um e sua sintonia com o novo mundo. A questão é principalmente física, nada tendo a ver com conceitos humanos, muito menos com crenças particulares, embora exerça efeito no modo de ser, na saúde e na maneira de viver de cada um.]
 
 
POSSÍVEL CONFLUÊNCIA 
DE HEBREUS, 9:27-28, COM JOÃO, 3:3-6
 
Só o entendimento acerca da encarnação intra e interplanetária e acerca da evolução dos planetas-mundos e dos seres humanos-mundos fecha essa declaração de Paulo de Tarso a Timóteo, de que “Deus... quer que todos os homens sejam salvos e que venham ao conhecimento da verdade”. 
Entretanto, em nível de contraposição, é de ser perguntar o seguinte: Hebreus 9:27-28 não fecha a questão de que só se morre uma vez? 
Textualmente essa passagem bíblica diz assim: “27. E como é decretado para os homens morrerem uma vez, e depois disso o julgamento, 28 assim também o Cristo, sacrificado uma vez, para levar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, ao largo de pecado, àqueles que o aguardam, para salvação. ” 
 
Há várias fontes textuais sagradas tematizando a questão da Reencarnação, com corroborações relativas e com contradições relativas entre si e dentro de si mesmas, principalmente a depender de em que ponto de vista se posiciona, se para atacar ou se para defender, não o tópico dentro do escrito, mas o tópico que germinaram dentro da sua cabeça. 
Porém, tomando essa passagem bíblica como base de reflexão, pode-se concluir que quem morre apenas uma vez são os seres humanos. E cada ser humano é um espírito encarnado em um corpo físico. Com a morte (ou rompimento do biblicamente chamado “cordão de prata” (Eclesiastes, 12:6) ou “fio da vida” (Jó, 4:21)), deixa de haver o ser humano, como a união do espírito com o corpo físico. Então, o corpo físico é descartado, voltando para o “pó”, e o espírito ou essência divina volta para o lugar de onde tinha vindo antes de entrar na “água” (ou placenta, numa possível interpretação tradutória reduzida ou embrionária).
A essência inteligente volta para o mundo espiritual que circunda à própria Terra e que a esta pertence, conforme faz entender Eclesiastes, 12:7: “e o pó refar-se-á terra, como ele era, e o espírito seguirá novamente para Deus, que o deu .” 
 
Sobre a questão relacionada com a possibilidade de re-habitação do Espírito na crosta terrestre, em outro corpo físico (em uma palavra, reencarnação), em diálogo com Nicodemos, Jesus disse que “Se um homem não é de novo parido, ele não pode ver o reino de Deus”.  (João, 3:3). 
[Nota para os leitores lusófonos: O particípio passivo passado “parido”, aí no contexto, bate com a tradução literal do versículo bíblico correlato (“naskita”), que se encontra na tradução em Esperanto do Novo Testamento, feita pela Sociedade Bíblica Britânica. Confere também com a tradução em inglês (“be born”) e com a versão latina (“natus”).
Então, na língua conversada com o fariseu Nicodemos (hebraico), Jesus falou mesmo foi algo do tipo sair da barriga de uma mulher, o que levou o interlocutor a perguntar estranhando: “Como pode um homem nascer (vir à luz), quando ele já está velho? Ele pode entrar de novo no ventre de sua mãe e nascer?” Na tradução da Bíblia em Esperanto está assim: “Kiel povas homo naskigxi, kiam li estas maljuna? CXu li povas eniri denove en la ventron de sia patrino kaj naskigxi?” (João, 3:4). 
Se o sentido da palavra em comento fosse alusivo, por exemplo, a regeneração batismal ou a qualquer outro tipo de nascimento, não teria havido esse estranhamento de Nicodemos, concordais?
O verbo esperanto naski quer dizer gerar, dar à luz, parir. E o verbo naskigxi quer dizer nascer, gerar-se, vir à luz.]
 
Então, ainda no mesmo diálogo, pressionado pelo mestre em Israel, que estranhou aquela alusão obstétrica, o Mestre dos mestres fechou a questão com as seguintes palavras mais claras (para o entendimento linguístico, cultural e religioso possível ao povo do tempo de Sua passagem física sobre a Terra): “O que nasce da carne, é carne; e o que nasce do Espírito, é espírito.” (João, 3:6).
[Esse diálogo de Jesus com o fariseu Nicodemos afasta a ideia de novo nascimento por batismo religioso, conforme fazem crer religiões cristãs e evangélicas uniexistencialistas. Ninguém pode ser parido de novo, se não for através de uma mulher, obviamente com o mesmo espírito (inclusive para justificar a expressão de Jesus “de novo”), mas com outro corpo físico, ainda que este replasmado também com alguma herança psicogenética trazida da existência encarnacional anterior e impregnado no perispírito ou MOB (Modelo Organizador Biológico) ou “corpo espiritual” (conforme definição de Coríntios I, 15:44 ), que também passa de uma carne para outra na linha do tempo evolucional de cada espírito.]
 
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Houve, contudo, muitos seres humanos martirizados no passado mais tenebroso da Terra, já iluminados, que, quando desencarnaram da última vez, seus Espíritos se desterrenizaram para esferas espirituais superiores, bem acima da circum-ambiência espiritual terrestre. Foram aqueles que suplantaram a necessidade probatória e expiatória da sequência do ir-e-vir entre as duas principais dimensões da vida terrenal. Muitos deles estão aguardando o advento da nova Terra em condições sobrevivenciais bem melhores, para virem re-habitar nela fisicamente (embora possam estar atuando no meio de nós, sem que nós os percebamos). Portanto, para eles haverá a ressurreição ou, em linguagem com sentido talvez menos dúbio e menos biblicista, a reterrenização para a camada espiritual circunjacente ao planeta, ou a reterrenização para a crosta física do planeta, mas, neste caso, autoevidentemente, em novos corpos físicos, “incorruptíveis”, ou seja, não perecíveis nem adoecíveis por desmandos mentais.
São esses Espíritos evoluidos e totalmente cristicizados das Altas Esferas, juntamente com alguns poucos sobre a esfera terrestre, que já antes garantiram seus passaportes para a Nova Terra e aos quais o Cristo aparecerá para salvação, conforme anuncia Hebreus, 9:28. Eles são os verdadeiros cristãos. 
Para a grande maioria de nós, que capengamos no caminho da cristicidade, o passaporte (para quem já conseguiu tirá-lo) ainda está para ser carimbado.
Contudo, o Cristo e seus colaboradores alfandegários dão expediente sem parar, a fim de tenteram ajuntar o maior número possível de emigrantes para o futuro país paradisíaco terrenal. Depende apenas de nós a reunião bem rápida dos documentos necessários, com a purificação do nosso coração, para nos habilitar ao passaporte e, finalmente, com a nossa prática evangélica, ao carimbo salvacional.
O Cristo e sua equipe de salvadores de almas atuam em todas as frentes humanas, quer sejam espiritualistas, quer sejam materialistas. Penetram no seio das formações religiosas tradicionalistas e dogmáticas que não pregam na linha de frente a imortalidade do Espírito. Influenciam também em meios espiritualistas e em meios evangélicos onde não se reconhece a comunicação dos Espíritos como seres comuns que vivem em dimensões paralelas (embora todos pratiquem a comunicação com eles pela via mediúnica ou inspiracional, sob camuflagens simbólicas, icônicas e míticas e debaixo de muito mistério). Inspiram igualmente em nichos filosóficos onde não se admitem essas próprias dimensões espirituais paralelas nem mesmo a existência de outros mundos habitados na grande “casa do Pai”. Socorrem finalmente em ambientes científicos onde não se aceita a crença no fenômeno biológico e cosmonatural da reencarnação.
[Talvez uma premissa básica e em sentido amplo é que ninguém constrói nem desenvolve sozinho nenhuma ideia ou linha de pensamento.]
Em nossa grande maioria, ainda vivemos na pré-história da consciência no que se refere à realidade cosmoespiritual. Ainda vivemos na caverna alegórica de Platão. Vivemos perfeitamente integrados ao cosmo espiritual e suas leis e influências, mas sem consciência natural disso. A amnésia sobre nossas existências encarnacionais anteriores e sobre a realidade espiritual que nos circunda faz parte do jogo cósmico.
 
“Porque nós somos de ontem e nada sabemos; Nossa vida sobre a Terra é apenas uma sombra.” - Jó, 8:9. 
 
Noventa e nove por cento de nós da antiga geração espiritual planetária, encarnando, perde os dons espirituais ainda na primeira infância e somos educados para enfrentar a presente vida tridimensional como se ela fosse a única existente no corpo. Consequentemente, nossa inteligência espiritual e nossa capacidade de raciocinar transcendentalmente ficam bastante atrofiadas. Para piorar a situação, há as limitações linguísticas e a distorcida apresentação das coisas espirituais, que normalmente geram duplo sentido, são mal compreendidas e até confundidas com loucuras, sendo um pouco melhor compreendidas apenas pelas pessoas mais simples de conhecimento formal.
 
“Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes”. - Coríntios 1, 1:27
 
Porém, o Cristo, que sempre nos supercompreende e considera nossos pontos de vista cognitivos limitadíssimos e distorcidos, busca, pelas vias linguísticas e culturais possíveis, nos instigar sempre para a vivência evangélica. Seu desejo, além de que nos salvemos, é que nos regeneremos espiritualmente e renasçamos melhores a cada manhã, ainda que buscando motivações em nossas religiões, filosofias e ciências pálidas e vesgas, mas com o sol do amor crístico brilhando através de nossos olhos. Por isso que os fenômenos que Ele certamente mais busca produzir são os fenômenos morais, através do despertar das consciências e das influenciações para o amor e a paz, atualmente muito mais necessários para todos nós.
[Idealmente, só não devemos perder o senso da realidade cognitiva de que dispomos. Cuidemos de ser felizes e felicitar e de nos melhorar e melhorizar com ela mesmo, cada um a seu tempo e modo, de acordo com as capacidades de entendimento e com as linhas interpretativas satisfatórias a si, respeitando uns os conhecimentos e interpretações dos outros, fraternalmente, sem quaisquer preconceitos e prejuízos. Para reforço dessa postura, amparemo-nos naquela frase atribuída a Albert Einstein: “Toda a nossa Ciência, comparada com a realidade, é primitiva e infantil – e, no entanto, é a coisa mais preciosa que temos.” Onde se lê “Ciência”, deve-se ler toda forma de saber humano, inclusive a religiosa. 
Só não podemos perder de vista, também, é que a vista relativa dos nossos ismos, sofias e logias terrenais nunca alcançará toda a Verdade. Para reforço dessa verdade absoluta, amparemo-nos naquela frase de Helena Blavatsky : “Não existe religião acima da Verdade.” Igualmente, onde se lê “religião”, deve-se ler toda forma de saber humano, inclusive a científica.]
Onde o Cristo e seus auxiliares atuam com êxito, principalmente, é no ambiente íntimo de cada um que abre, não a mente, mas o coração para o Alto, imbuído de fé, e que, samaritanamente, abre os braços para os irmãos ao lado, independente das diferenças destes, imbuídos de amor.
 
De toda linha de interpretação sobre os assuntos do espírito, ainda que tomando por base compreensões religiosas, icônicas, míticas, filosóficas ou científicas, tira-se proveito, com a condição apenas de que, através dela, se esteja fazendo qualquer bem para si e para os outros. 
Amar, perdoar, compreender e tolerar a si e aos outros em prol da melhoria íntima e ser pobre de espírito, humilde, justo, misericordioso, limpo de coração e pacificador. Eis os valores que consistem a pedra fundamental do Evangelho, o supercódigo moral, o código dos códigos. O Evangelho não é mais uma linha de conduta dentre as tantas outras da Terra. Ele é a grande síntese de tudo o que já se produziu sobre moral na história e em todos os quadrantes e culturas da humanidade. Está acima de todos os sistemas religiosos, inclusive acima do próprio sistema chamado Cristianismo. Serve como código de conduta para todos: religiosos, esotéricos, cientistas, filósofos, artistas, trabalhadores, estudantes, céticos, ateus... Deve imperar nos corações, independentemente de heranças étnicas, religiosas e culturais e de qualquer forma de pensar o mundo e a vida. O Evangelho é a mais alta expressão da Verdade sobre a Terra, e ele não está adstrito apenas aos quatro primeiros livros do Novo Testamento. Está contido principalmente no livro da consciência de cada um de nós. 
[Os mensageiros espirituais superiores têm como missão principal atualizar, esclarecer e ajustar os ensinamentos de Jesus às linguagens e necessidades hodiernas. Vale destacar, contudo, que, assim como, de acordo com o provérbio, Deus escreve certo por linhas tortas, o mal escreve errado por linhas certas. Logo, temos sempre que usar o bom-senso e analisar com muito critério qualquer mensagem do aquém ou do além, vinda seja por que meio for e independentemente de quem a assina, para ver principalmente se se adéqua à moral universal do Cristo. Amparemo-nos sempre em João I, 4:1: “Não acrediteis em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus”. Isso vale principalmente em relação aos pseudoprofetas deste período E.T.]
 
O Cristo, com seu Evangelho universal e que continua sendo ensinado até hoje, através dos evangelistas espirituais modernos, pós-modernos e agora também transicionais, é o Guia Maior da consciência humanitária e da consciência íntima de cada um de nós. Entre nós Ele é também o conhecedor mais pleno da Verdade, a qual, por sua vez, está acima de qualquer estrutura de pensar, de crer ou de interpretar humano. Por isso, o Filho de Deus supercompreende nossas limitações, já que não sabemos completa e exatamente o que sentimos, pensamos, dizemos e fazemos. Ele vale-se das crenças de cada um de nós, homines interpretandes, para, através de Seus porta-vozes e mensageiros espirituais superiores, incutir a todos nós, Seus amados irmãos, as Suas propostas de salvação para o próximo patamar evolucional terráqueo. Enfim, Ele ajusta seu discurso ao nível de linguagem que cada um possa entender na mente e no coração, levando em conta os mitos e as culturas de cada gente, de cada indivíduo, como já fizera antes, até certo grau, quando encarnou na figura de Jesus de Nazaré, há dois mil anos, em meio a uma cultura judaica do Oriente Médio. 
 
No decorrer da história religiosa da Terra, inteligências espirituais superiores, reunidas por muitas religiões cristãs sob o único nome de “Espírito Santo”, ou biblicamente chamados de “Espíritos de Deus” (agora apoiados pelos Espíritos provindos do planeta Alcíone), manifestam-se por padres, pastores, anciãos (ou presbíteros), rabinos e outros pregadores, sob as chamadas epifanias ou teofanias, mais comumente pelo procedimento da inspiração, para fazerem chegar suas mensagens divinas, ainda que nas entrelinhas de sermões igrejeiros e dogmáticos, ou ainda que concorrendo com discursos retrógrados, ideologizados ou primitivos. Filtrando as culturalidades, secularidades e demais terrenalidades, sempre aparece alguma mensagem profunda, ecumenicista e universal, ainda que nas entrelinhas, mas que dá para o gasto consciencial de todo mundo.
Os mensageiros do Alto costumam se apresentar em qualquer lugar onde haja receptividade e sintonização mínima, inclusive por intermédio de pajés, xamãs, babalorixás, psicólogos, professores, conselheiros, pessoas íntimas, passantes etc. 
As mensagens de fontes superiores sempre visam ao despertamento e crescimento moral de crentes e não crentes, fiéis e infiéis, religiosos e irreligiosos, espiritualistas e materialistas. Visam à melhoria íntima dos próprios destinatários e das coletividades humanas em geral. Ritos, sacramentos, indumentárias, músicas e outras exterioridades são secundárias para as vozes do Alto que vêm para dar seus recados especiais em ambientes fortemente religiosizados ou cobertos por milhões de palavras humanas limitadas. Eles não selecionam ambientes, mas apenas ajustam as linguagens, como sempre.
Mesmas entidades superiores do Além-Túmulo, e agora também do Além-Terra, ajustando os padrões de linguagem a cada grupo humano, aproximam-se igualmente de filósofos, artistas, cientistas, oradores, professores, escritores, comunicadores, enfim, de todos os homens psicossensíveis e que tenham alguma boa vontade de servir ao Bem com as palavras, ainda que mistificadas, mitificadas, metaforizadas ou ideologizadas.
Os mestres invisíveis da comunicação crística utilizam-se de técnicas intuitivas, inspirativas, meditativas, consciencio-projetivas e mediúnicas e tentam trabalhar juntos, em parcerias criativas, melhorativas para as mais diversas formações sociais e, atualmente, também, essenciais para os propósitos do Cristo em relação ao nosso orbe em transição. Eles sempre nos descortinaram partes da Verdade que já sabiam, de acordo com o que lhes era permitido nos informar e de acordo com nossa capacidade de entendimento, gradualmente.
[A maior quantidade de verdades espirituais que eles difundiram para nós em curto espaço de tempo foram as mensagens verbais em massa por eles enviadas em diversas partes da Terra, nas décadas de cinquenta e sessenta do século XIX. Elas, o educador e escritor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869) coligiu e ordenou em cinco livros ,  para codificar e iniciar a Doutrina Espírita. Ela é considerada a Terceira Revelação  e se apresenta sob três aspectos interligados, a saber: científico, filosófico e crístico. A parte dela que cuida mais detalhadamente do atual transpasse da Terra para uma nova etapa evolucional é o último capítulo do livro “A Gênese”.]
Para a humanidade de agora, além dos ensinamentos morais cristãos, eles estão nos transmitindo informações mais atualizadas acerca da transição terráquea e acerca da Era da Luz, da Era da Expansão Consciencial ou da Era Crística, que substituirá a era das trevas, que termina. Eles valem-se, inclusive, de materiais o mais bizarros possível (a exemplo dos crop circles  sobre plantações em várias partes do mundo).
 
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Enfim, o que vale não é o que cremos a partir de um estágio ou processo interpretacional, mas, sim, o que nós fazemos com o que cremos para o crescimento pessoal e para ajudar os outros a avançarem na escuridão do caos, com a lanterninha da fé, da caridade despretensiosa e da esperança no futuro. Principalmente nesta contemporaneidade, esse é único caminho seguro para se avançar firmemente para a condição final de homo christianes. 
Há muitos ignorantes caridosos que ainda estacionam em processos mais primários de interpretação sobre a Verdade, mas que avançam mais rapidamente para essa condição divina, do que outros mais letrados e letrudos, que já estão em processos interpretacionais bem mais avançados sobre a mesma Verdade, mas que têm o coração analfabeto de amor.
 
“Só é útil o conhecimento que nos torna melhores.” - Sócrates
 
Mesmo quem já teve uma rotina caritativa, ou mesmo quem não é muito chegado a abrir a mão nem o coração, deve dar um pouco de si na atualidade, não com pretensões autossalvatórias, mas simplesmente porque os necessitados morais, emocionais, sociais e espirituais de todos os ambientes humanos visíveis e invisíveis têm aumentado mais e mais. Deus pagará. 
Mesmo quem eventualmente já presta algum serviço útil através de profissão remunerada, deve dedicar algum tempo diário ou semanal, fora da bancada, para o serviço voluntário conforme os ditames evangélicos. Assim pratica-se a verdadeira religião ou religação a Deus, a única que pode salvar-nos. É a religião do amor caritativo, sem dogmas, sem ritos, sem sermões, sem hierarquias. É aquela descrita em Tiago, 1:27 , ou aquela prestigiada nas entrelinhas por Jesus, em Sua parábola do bom samaritano . 
 
 
 
ESTRESSES DO FIM, OU MELHOR, 
DA MUDANÇA DOS TEMPOS
 
Atualmente, pode-se perceber claramente a disputa entre duas fortes tendências sociocomportamentais para o futuro. 
De um lado existe a cada vez maior maquinização ou reificação dos citadinos pelo estresse, pela incessante sobrecarga de tarefas e pelas obrigações escravizantes em favor de um sistema econômico sanguessuga voraz de energias humanas, principalmente as energias laboral e financeira. Isso tudo costuma produzir crises nervosas e gerar excesso de cortisona e adrenalina, que, por sua vez, enfraquecem o sistema de defesa imunológico, reduzem a memória, antecipam o mal de alzheimer e o mal de parkinson, além de favorecer outras doenças em geral. 
Por outro lado, debate-se heroicamente uma proposta de retorno ao eterno evoluir natural da nossa hominalidade, que agoniza e jaz meio sufocada dentro de cada citadino. Esse traço único, que nos caracteriza como seres especiais na cadeia evolutiva, vive à espera de uma atenção maior, para realimentação dos velhos sonhos, da ingênua e inseparável esperança de dias melhores do ponto de vista ético, social e afetivo para todos. 
 
Durante as atuais sacudidelas desintoxicantes do intestino planetário, e frente aos grandes leviatãs cronofágicos desta intertemporaneidade, quando tudo é para ontem e para consumo, ingestão, digestão e congestão irrefreadas, o mais urgente é cada um se conscientizar e se projetar consciencialmente para o tempo transfuturo. Isso significa trazer o futuro para o presente. Para isso, mister se faz voltar ao passado em sentimento, revivendo o tempo inocente de criança ainda disponível na nossa caixa de memórias, doido para molecar com o estressado, intoxicado e apressado tempo presente, que no fundo clama por paz ao coração e ao íleo.
Enfim, é melhor voltar em parte agora para a vida natural e simples, a fim de estar inteiro e mais saudável depois e para ver mais lucidamente tudo de grandioso que já vem por aí para toda a humanidade. 
Nunca perdemos de todo nossa naturalidade e nossa infância pura e simples. Quanto menos compactuamos com as imposições desumanizantes dos sistemas leviatânicos político e econômico, mais esses nossos sentimentos naturais prevalecem em favor dos nossos sistemas circulatório, respiratório e digestório, da mesma forma que em favor do sistema divino-universal. Na atual conjuntura geotransicional, estes reclamam prioridade. 
O bom futuro e também o transfuturo (após ter baixado a poeira transicional planetária), em nível de saúde e de bem-estar multicorporal, está na infância eterna, rica e brincalhona, que ainda podemos presentificar. O futuro de cada um de nós depende disso para ser felicitador, para ser deveras uma linda época.
Mente humanitária sã, corpo planetário são. E cada um de nós, seres humanos, é uma célula deste grande ser global. Cada um em particular pode contribuir para a melhoria do todo, de alguma forma retomando aquele sonho de criança de ser um super-herói salvador da humanidade, desta feita como integrante de uma plêiade de seres fantásticos e poderosos. Para isso basta ajudar os outros e ajudar-se e cuidar dos outros e cuidar-se, enquanto ocorre a macrodesintoxicação global.
 
E aí? Qual tendência há de imperar amanhã? Vós decidis. É. Mesmo que o sistema mundanal político-econômico desabe sobre nós, amemo-nos! E cada um que “teme” a Deus, ame mais e mais intensamente a si mesmo e aos outros, consequentemente ao próprio Deus. Roguemos a Ele, mais do que nunca, que não nos deixe cair nas tentações mundanais, especialmente naquelas sensorialmente atrativas, que se transformam gradativamente em microestátuas de sal em nosso organismo, bloqueando o hemotráfego, nos adoecendo, nos empurrando mais depressa para o fim do próprio mundo fisiológico, mesmo que muitos de nós estejamos indo excitados e aos risos pelo corredor de tal morte prematura estúpida. 
[Nós aludimos ao sal neste arrazoado, mas em verdade o sal natural é um cristal, que tem o poder de energizar e purificar ambientes, afastando energias ruins acumuladas. Talvez por isso Jesus disse que aqueles referidos nas Bem-Aventuranças (Mateus, 5:1-11) são o “sal da Terra” (Mateus, 5:13). 
É consabido há muito que o sal natural modifica o ambiente através de sua energia mineral. 
Através da sua energia mental coligada com as altas frequências do Amor e da oração, o homem pode modificar o ambiente, inclusive aquele do seu próprio corpo, com rearrumação magnética e cinética de sua cadeia de DNA  e de suas moléculas. Da mesma maneira, a humanidade, mesmo que não toda, mas em sua parte majoritária, se coligada em prece e em amor para elevar a cristicidade e a cristalinidade que possui, pode transformar positiva, magnética, luminosa e fractalmente o ambiente corporal terrestre, ainda que a partir de iniciativas individuais que forem se espalhando através de sutis recursos multiplicativos, como, por exemplo, ressonância afetiva, efeito borboleta, satélites de oração, bons exemplos de conduta pessoal, cultivo da paz íntima etc, a começar com proveito no próprio lar.
 
“Se um único homem atingir a plenitude do amor, neutralizará o ódio de milhões.” - Mahatma Gandhi
 
Aqueles que agem conforme os referidos nas Bem-Aventuranças, como o sal com gosto, ou melhor, como seres-cristais, esses purificarão e energizarão a Terra.
Contudo, o que nós ingerimos hoje, em forma de tempero ou de conservante, e que tecnicamente deveria chamar-se sodiína, é um industrializado, venenoso e tóxico subproduto do sal, que tem o poder apenas de elevar a pressão arterial, adoecer e antecipar a morte para a grande maioria de nós.]
 
“Não ame o mundo nem as mundanidades. Se alguém ama o mundo, o amor ao Pai não está nele.” - João I, 2:15.
 
Não importa, ou não deve importar, a alta pressão das artérias corporativas hedonistas. O que importa agora é nos mantermos em paz interior e vivermos espiritualmente alegres, para que nossos números diastólico e sistólico mantenham-se o mais possível normais, quer em relação ao fluxo sanguíneo, quer em relação às emoções, favorecendo assim, também, o sistema circulatório de todos os corpos em nosso derredor, inclusive aquele do corpo planetário. 
Não podemos perder nossa dignidade como pessoas humanas, nem podemos deixar o planeta perder a sua e morrer à míngua.
Vamos nos unir cheios de fé e de amor para ajudar os super-heróis angelicais interestelares que estão chegando para a salvar nosso mundo em sua materialidade e espiritualidade. Empunhemos para tanto a espada a laser do nosso pensamento positivo e amoroso, o que repercutirá imediatamente, pelo menos, no mundo psicobiofísico de cada um de nós mesmos, como lutadores fulgurantes.
 
Segundo pesquisadores dos calendários maias, a atual geração humanitária testemunha o encerramento do quinto grande ciclo evolucional do planeta, e, nessa pororoca intercíclica, tragédias e abalos de toda ordem são normalmente naturais e previsíveis. 
Isso tem lá sua lógica. Deveras, toda mudança de um grande ciclo tem suas catástrofes, sacudidelas e solavancos naturais, como houve nas grandes mudanças cíclicas anteriores. Só que na atual mudança por que passa o nosso esférico errante navegante astrofísico, a intensidade das catástrofes naturais depende em grande parte da mente humanitária. 
Como sempre, o poder mental regula o poder natural. Isso vale para todas as estruturas duais mente-corpo, desde os seres humanos até os seres planetários, como a Terra, cuja mente é a humanidade e cujo corpo é a esfera geofísica. É a ampliação do princípio “mens sana in corpore sano” . 
A evolução dos animais, vegetais e minerais dá-se naturalmente, no máximo, darwinianamente. Eles não influenciam mentalmente em ocorrências cósmicas sobre seus ambientes naturais. Já o homo sapiens, com suas condições culturais de homo religiosus, homo cientificus, homo opinandis, homo economicus e homo moralis, interfere drasticamente não somente no próprio habitat, culturalizando-o e transalquimiando-o através de influxos energéticos vibratoriais, como também, por via de decorrência, gera destruições naturais intraterrestres, ou potencializa as incidências ou os efeitos de destruições extraterrestres (principalmente porque ainda estamos muito distantes da condição de homo consciens).  
[Talvez até por isso, Jesus, quando questionado, declarou que nem Ele sabia quando seria o dia do fim (da atual era) , muito certamente dada a essa variável tão randômica, mutável, impetuosa, revoltosa, hesitante, imprevisível e emblemática como é a mente humanitária, nos tempos, nos espaços e nas dimensões do grande algoritmo universal.]
Vamos, pois, levantar o nosso bom astral e intensificar as ações no campo do bem, para ajudarmos a Terra nesta fase de maior ocorrência de cataclismos naturais endógenos e exógenos inevitáveis e para ajudarmos a nós mesmos, que somos o sal e também os neurônios da Terra.
 
 
Josenilton kaj Madragoa
Enviado por Josenilton kaj Madragoa em 06/02/2012
Código do texto: T3483004
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