SERIA UM DISCO VOADOR?

Um menino, cujo nome era Viajor e cujos pensamentos eram devaneios, sempre recalcados e alimentados por sonhos que realmente tinha ao dormir, viu certo dia um DISCO VOADOR.

Ele gostava de, periodicamente, ficar sentado sobre uma laje elevada em meio às correntes das águas cristalinas de um riacho, onde sempre ia. Ocorreu que num daqueles retiros, bem ao meio do dia, ele viu um objeto brilhante singrando os céus. Percebeu que era uma espécie de disco, que pela aproximação foi aumentando de tamanho.

Sua admiração foi tal, que nem raciocinou o que poderia haver, caso aquele objeto se aproximasse muito dele. O ovni, que tinha a forma de um disco brilhante de muitas cores, não desceu, entretanto sem fazer parada, mesmo passando em alta velocidade, e a uma altura impressionante, lançou em sua direção uma espécie de laço luminoso e o elevou nas alturas.

Surpreso com o acontecimento Viajor se viu, sem ter tempo de fugir, suspenso macia e delicadamente, sendo levado para um lugar que se abriu no topo do tal disco, que na verdade era um aglomerado de estrelas. Elas próprias se constituíam do conjunto formador do notável objeto.

Viajor foi colocado num espaço, que parecia apropriado ao seu corpo e passou a reluzir um clarão azulado. No momento ele teve a sensação de que passara a fazer parte da astronave, que afinal, nada mais era do que uma extraordinária galáxia.

Uma galáxia!! Sim! Uma galáxia relativamente pequena, viajando no cosmo sem fim, sem barreiras e sem fronteiras, contendo um fundo musical clássico e um suave perfume inebriante envolvendo cada estrela.

No momento Viajor se lembrou que já havia tido um sonho, quando dormia certa noite ao relento. Em tal devaneio ele fizera parte de uma espécie de arco-íris em forma de disco brilhante composto de estrelas; e todas elas eram pessoas que humildemente (pobres de espírito) e ordeiramente (praticantes da justiça) viveram sobre a Terra; tendo, como ele, sonhos de que faria um translado eterno. O que Viajor mais gostava, era de viajar, mas não tinha condições. Entretanto ele vivia sonhando em realizar uma viagem sem fim, e sem paradas visualizar novos horizontes, ainda que fossem de nuvens.

Diante da realização de seu sonho, ele se viu cheio de contentamento. Afinal quem não gostaria de viajar? Qualquer pessoa, quando está dentro de um automóvel, ônibus, avião ou outra condução qualquer, efetuando uma viagem, livre de pensamentos temerosos por possíveis acidentes e outros desmancha-prazeres, se sente realmente participante de um céu.

Ah! Pensou Viajor: Estou no céu. Esse era meu sonho. Essas estrelas das quais eu faço parte se locomovem a um ápice sem fim; a música enternece e o perfume inebria a alma dos viajantes. Que maravilha!

Mas quem comandava a astronave feita de um aglomerado de estrelas? Ah! Era a própria LUZ, uma forma de energia eterna, conhecida entre a humanidade pelo nome de: DEUS.

Luzirmil