Ecologista convicto

Ser ecologista é muito mais do que se expor aos acirrados protestos ostensivos nas ruas e na mídia em favor de uma bandeira verde com resultado quase sempre improdutivo, mais do que isso, é ter atitude exemplar consigo próprio, inclusive, até renunciando à teia alimentar ou ser consumidor exclusivo de produtos de origem certificada para não degradar os reinos da natureza, o animal, o vegetal e nem o mineral. É assumir-se como pedestre para não agredir com o smog, nutrir-se de alimento genuinamente silvestre ou geneticamente integral ou inequivocadamente orgânico, isso, quando não adotar a abstinência de consumo, tudo para permitir ostentar uma retórica radical para opor-se aos tradicionalistas que têm a exploração da agropecuária como base econômica do país, cuja missão é a prática de produzir alimentos para contrariar o Malthusianismo, cultivando pelo prazer de sentir-se responsável por uma vida sem fome. Ter eloqüência ecológica remete a uma teoria fantasiosa, com postura conservadora de uma natureza jurássica, que não permite espaço para consorciar nem mesmo o crescimento sustentável, resistindo à permacultura, a defesa de uma cultura da improdutividade, retrograda no tempo e no espaço, adoptando a mutação como fator de transformação do meio ambiente, mantendo-se a serviço de um planeta glacial imaginário, como se a ciência não soubesse conciliar preservação e desenvolvimento.

Isto posto, é oportuno exaltar o pensamento atribuído à Santa Joana D’Arc. : “Se é belo sofrer por um ideal, é sublime morrer por ele”.