Ser Pai…

Ser Pai…

Que desafio, que honra, que oportunidade…

Para mim, um presente de Deus, para alguns, um peso, para outros, uma busca...

Viver a paternidade na posição de genitor é algo tão novo em minha vida, que ainda está “caindo à ficha”, pois enquanto não se tem o filho nos braços, ainda é uma expectativa enorme.

Esta semana fiquei mais pai quando vi meu filho (a) pelo exame de ecografia e também quando ouvi os batimentos cardíacos dele (a).

Um sentimento difícil de verbalizar, mas gostoso de sentir: Paternidade; ser pai é entender o amor que Deus tem por mim, um amor incondicional, um amor sem trocas, que mesmo quando eu era usuário de droga, quando eu não pensava nEle, quando tinha uma vida promíscua, quando O magoava (se é que podemos) com minhas atitudes irresponsável, Ele ainda continuava me amando.

Esse amor que sinto hoje por esse filho que ainda nem conheço é que me faz entender o amor de Deus por mim.

Esse filho nem nasceu ainda e já mudou meus planos de vida, já mudou os rumos da historia que estava planejado para minha família... Ele nem sabe disso, mas eu já o amo mais que a mim mesmo e que seria capaz de morrer por ele.

Eu sempre procurei entender um versículo bíblico que diz que Deus amou o mundo de tal maneira e nunca conseguia entender essa “tal maneira”, mas acho que agora compreendo o que Deus quis dizer quando inspirou João a descrever esse amor que foi de uma maneira tal, que chegou a dar o melhor que Ele tinha que era o seu filho.

Esse amor de Deus pela humanidade, realmente é um amor extravagante, um amor incompreensível, um amor incondicional, pois mesmo não tendo meu filho nos braços, ainda assim eu não teria coragem de abdicar desse filho, mesmo sem saber se ele vai gostar de mim, me aceitar, ainda assim eu o amo...

Nós não precisamos fazer coisas boas para Deus nos amar, não precisamos ir à igreja para sermos aceitos por Ele, não precisamos ser os mais honestos do mundo para ser amado pelo Deus Abba. Deus simplesmente nos ama como somos, com os nossos defeitos, com as nossas arrogâncias, com as nossas infantilidades de adultos, querendo ser quem não somos fazendo “tipo” perante Ele para ser aceito.

Não são minhas atitudes que determina o amor de Deus por mim, não é minha postura diante da sociedade que me faz ter pontos positivos com Deus, não é mérito meu ser aceito por Deus em sua casa, é puramente graça e graça da parte dEle.

Entender o amor paterno de Deus por mim como uma dadiva dEle para mim e não minha para com ele, muito me constrange, fazendo com que eu mude minhas atitudes perante a sociedade, mude minhas condutas com o meu próximo, mude minha forma de viver a vida; Mas essa mudança de conceito e postura é proveniente da minha gratidão pelo que Ele já fez por mim e não uma dadiva minha para Deus, não uma retribuição do que Ele fez por mim.

Eu fui criado sem pai presente, por isso meu entendimento de paternidade sempre foi pouco, nunca compreendi como um ser humano pode amar outro a ponto de morrer no lugar dele, ou ir pra cadeia pelo erro do outro, mas hoje vivendo essa nova experiência da esperança de ser pai em breve, me faz compreender melhor a paternidade.

Espero poder fazer esse papel a contento, mesmo sem referencias por não ter dito pai presente, mas como disse o poeta: “Sei que não da para mudar o começo, mas se a gente quiser, vai dar para mudar o final”, Sabendo disso vou caminhado para a melhora do futuro de fé em fé e de gloria em gloria e rumo a paternidade.

Joberson Lopes 04 de março de 2012.

JOBERSON LOPES
Enviado por JOBERSON LOPES em 04/03/2012
Código do texto: T3534504