O segundo livro
 
            Não me passava pela cabeça que um dia escrevesse um livro.
            Sempre escrevi, desde o curso secundário.  Tinha extrema facilidade em redigir, e a parte mais importante das provas era exatamente esta.  Garantia o meu 5 na redação e o resto saia procurando em questões que conhecia, nas provas de português.  Catava questões que sabia, de análise sintática ou literatura.
            Quando fiz vestibular para o curso de Direito, a primeira prova, eliminatória, era sobre nossa língua natal.  Quem não conseguisse 5 pontos, estava eliminado.  Usei o mesmo expediente.  Redação com todo o meu empenho e em seguida buscar o que sabia responder melhor.  Um sucesso!  A nota final foi oito (8).  Aprovado com facilidade.
            As provas seguintes foram de latim e francês.  Menos de quatro pontos, estava eliminado.  Mas passei folgado.
            Que tem a ver esta história com o título da crônica?
            Tem tudo.  Advogados que escrevem mal, não sendo bem diretos nas suas proposições, não têm futuro.  Longo tempo passei no Tribunal do Júri, pelo qual até hoje sou apaixonado.  Mas mesmo o orador de defesa deve dominar também a escrita.
            O tempo passa, não existem casos criminais onde a defesa pode sair vitoriosa, são todos bandidos os que vão a julgamento.  Passei a ser Procurador de Niterói exclusivamente.
            Veio o primeiro romance.  “A Regra do Jogo”, sem implicações mais sérias, mas não desprezando a trama.  Dizem, e parece que é verdadeiro, que depois do primeiro romance virão outros textos.  Foi o que aconteceu.  Escrevi um segundo, que está em análise numa grande editora.  É bom, mas não alimento ilusões.  Provavelmente, com índice alto, será não, como é a praxe das editoras.  São empresas, visam lucro, e não investem no incerto.
            Tenho facilidade com outros gêneros de literatura.  Assim é que mandei para o Projeto Lume, da Editora Protexto, meu original de “Contos e crônicas no Portal Literal”, site onde gosto de postar e que exige vinte votos dos escritores para ser publicado.
            Recebi com alegria a notícia de que tinha sido aceito.  Fui publicado no dia cinco deste mês de março.  Talvez, eu não sei julgar direito, o ‘escritor’ tenha colocado o rosto de fora.  Talvez, não sei julgar, se sou mais um escritor anônimo e sem futuro na literatura brasileira.
            Cabe-me uma esperança.  Se o original que foi enviado à grande editora for aprovado, certamente serei mais um, dentre muitos e muitos, escritor brasileiro.
            Quem se interessar pelo segundo livro, passo o link.  É http://www.protexto.com.br/livro.php?livro=411 .    


Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 08/03/2012
Reeditado em 08/03/2012
Código do texto: T3542561
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