Vizinhos são bênçãos? Nem sempre...

Durante toda minha vida lembro-me de ter ao meu lado vizinhos. Foi assim quando ainda criança morava em Copacabana, no Rio e havia o Elias, o Marcelo e mais uma turma que reconheço não lembro seus nomes. Quando mudei para Volta Redonda mais vizinhos vieram fazer parte da minha vida: Norinha, Tetê, Marco, Alexandre, Celso, Caco, Tico e muitos outros. Tinha o Dr. Célio, dona Neide, Seu Samuel, Seu Emanuel, tinha a Maria, a mãe dela, o pai Natalino, tinha dona Clarinha que por tantas vezes me emprestou seu telefone, tinha dona Bergoncil e por aí vai;

Ao voltar para o Rio convivi por quase quatro anos sem saber quem eram meus vizinhos. Morava na casa de minha tia, mas sai muito cedo, voltava muito tarde e aos fins de semana me mandava para casa dos meus pais. Por isso não me lembro da vizinhança.

Ao casar tive e ainda tenho bons vizinhos. Carmelina, Ademir, Seu João, Ricardo e Simone Santos, Neusa, Romilda, são algumas destas pessoas que passaram pela minha vida e que sempre terão um lugar na história da minha vida.

Mas será que ter vizinho é bom ou ruim? Vale à pena ou não vale? Estas são algumas perguntas que todos sem exceção se fazem. Afinal é melhor viver com ou sem eles?

Conheço famílias que por muitos anos tem mais afinidades com seus vizinhos do que seus próprios parentes. São amizades antigas que são passadas de geração a geração e que por muitas vezes originam até em casamento.

Quem mora ou morou em vila ou cidade pequena sabe bem do estamos falando.

Ter vizinho é uma benção? É pode ser, mas também pode ser um castigo. Não é nada fácil convivermos com comunidade, principalmente quando algumas pessoas não sabem onde começa e onde termina o seu direito e o do outro.

Um amigo me ligou hoje pela manhã para aquele papo de domingo, e me contou a história de um vizinho seu que é incapaz de dar um bom dia para qualquer de seus vizinhos. Só chega mesmo para reclamar das brincadeiras das crianças, do cachorro que late muito, do churrasco para o qual ele não foi chamado e cuja fumaça – segundo ele, lhe faz mal. Ou seja, aquele vizinho mala. E sem alça!

Este amigo ainda me acrescenta que, este mesmo vizinho que vive reclamando de tudo e de todos, não pensa duas vezes em exceder seus domínios para além dos seus muros. Dia de festa na casa dele todos os vizinhos ficam sabendo. Afinal os amigos deste vizinho param seus carros em frente a todas as casas como se donos dela fossem, a música fica alta até a horas que ele deseja, nesse dia a fumaça do seu churrasco não atrapalha ninguém, etc..

Ter vizinho não é mesmo fácil. Como já disse sempre tive bons vizinhos. Hoje também não posso reclamar, mas já passei por situações para lá de constrangedoras graças a vizinhos. E não foram poucas. Havia um que se achava DJ e colocava o seu som nas alturas até altas horas da madrugada. Havia uma senhora cuja principal distração para a sua vida era saber da vida dos outros. Se quisesse saber alguma coisa sobre os outros era só encostar no seu portão que lá vinha ela com as noticias “na ponta da língua”.

Ter vizinhos não é fácil, mas viver sem eles deve ser horrível. Imagine você morando em um local isolado, sem ninguém. E se precisar de alguma coisa, de uma colher de açúcar, de uma panela de pressão se a sua parar de funcionar, de um gole de café porque seu pó acabou, de um papo amigo, de um carinho... Isso, você só vai conseguir com seu vizinho.

Portanto, pesando os dois lados, ter vizinho é uma benção, mas que dependendo do caso Deus pode dar uma melhorada, ah, se pode!

Para encerrar segue abaixo alguns tipos de vizinhos. Vê se alguns deles se encaixam aos seus... Esta relação foi pesquisada no site minilua.com

1 – Donos da rua: Agem de maneira despótica, impedindo que os demais moradores possam se divertir. Na sua visão, tudo é visto como errado, do joguinho de futebol na rua, passando pelas brincadeiras das crianças, estacionam seus carros em qualquer lugar e os outros que se danem.

2 - Baladeiros: Não sentem o menor respeito pelos demais. Em alguns casos, por exemplo, são capazes de ligar o volume do som no máximo, tudo é claro, para chamar a atenção.

3 - Carentes: Vivem tocando sua campainha ou interfone. Pedem de tudo, água, feijão, arroz, macarrão…

4 - Paranóicos: Acredita que todos estão contra ele. Temendo represálias, investe maciçamente em segurança, colocando em casa, alarmes, cadeados ou cercas eletrificadas.

5 - Fofoqueiros: Sim, caro leitor, não são apenas as fofoqueiras que dão trabalho. Aliás, como confiar em alguém, que pode, em questão de minutos, espalhar um assunto sigiloso para o bairro todo?

6 - Xavequeiros: Não perdem uma, literalmente. Adoram xavecar as mulheres da rua ou do bairro. Por eles, são realizadas diversas cantadas, das mais tradicionais, passando pelas mais ofensivas.

7 - Malas: Não aceitam um “não” como resposta. Tudo deverá ocorrer ao seu modo. Com um vizinho assim, pobre de ti, por exemplo, se você recusar um passeio, viagem ou churrasco em sua residência.

8 - Tranqüilos: Estes sim, já em estado de extinção. Um vizinho tranqüilo é aquele calmo, sereno, e que jamais irá te recriminar por suas crenças ou condição financeira.

9 – Participantes: Não podem ver uma festa ou mesmo uma pequena reunião que vão se aproximando e quando você já estão presentes comendo e bebendo.

10 – Fantasminha: É aquele que você sabe que existe, sabe onde mora, mas nunca o vê.

11 – Curioso: É aquele vizinho chato que todos os dias lhe pergunta para onde vai e com quem vai?