O MARTELO QUEBROU (?!)... – continuação da prosa ...

Ontem postei a crônica: O MARTELO QUEBROU (?!)... e, estou continuando a prosa porque, após o comentário da amiga Ana, considerei que poderia ser esclarecedor o detalhe...

No referido texto, afirmei:

Em nosso país tem gente que compra um eletrodoméstico na loja, revende perdendo parte do valor apenas pra com o dinheiro da venda poder saldar alguma dívida, como se o fim principal da vida consistisse em comprar de qualquer jeito (mesmo sem limite de endividamento)...

Pode ser que perla graça de DEUS a pessoa não se enquadre nos muitos problemas que existem, mas a OMS considera o consumismo (compulsão pra comprar) como doença que atinge um número cada vez maior...

Por incrível que pareça, temos empresas de crédito oferecendo crédito pra livrar o infeliz usuário do SPC ou SERASA... Por outro lado, é possível ouvir (ou assistir na tevê), propagandas de algum produto ou serviço para o qual, não haveria consulta ao SPC ou SERASA... ISSO sem falar na compra sem entrada, sem juros, a ser paga em suaves prestações...

E, considerando que, se faz necessário construir uma maneira de viver que mude o estado de coisas em vigência, queremos lembrar que, do jeito que está faz com que, os mais ricos fiquem mais ricos porque os mais pobres contribuem pra isso...

Não disse no texto (a que me referi), mas, geralmente quem compra um eletrodoméstico pra revender mais barato e, com o dinheiro pagar uma dívida, está realmente desesperado e, não tendo mais como pedir socorro a agiotas, faz isso... Inclusive, tem sido um expediente comum por essas bandas de cá...

Ao citar um caso assim, não coloco em risco o desespero de implicados, porque já convivi em algumas cidades meio distantes, trabalhando fora, várias vezes...

Me preocupa a cultura econômica em vigência, porque vejo muitos conhecidos (e parentes) devendo muito a DEUS e ao mundo (como diz o adágio)...

Passei algum tempo numa cidade onde havia problemas de pessoas que tinham o cartão de saque da aposentadoria nas mãos de comerciantes exploradores que retinham o cartão acompanhando o dono do cartão no dia do saque...

Conheci o problema de uma senhora da igreja que, sendo aposentada e precisando de uma pequena quantia pra ajudar alguém que precisava comprar passagens pra ir pra o sul, fez uma espécie de empréstimo consignado e após assinar os papéis e o empregado da financeira lhe passar o dinheiro que era dez vezes maior que o solicitado, ela devolveu nove partes dizendo que somente precisaria daquele valor... Com surpresa percebeu no mês seguinte que o desconto correspondia (também) ao valor devolvido; Uma vez que o empregado da financeira sumiu, leva a crer que aplicava golpes e aquela senhora foi mais uma vítima...

Outros relatos poderiam engrossar a lista de problemas... POR ISSO, é preferível que o leitor (ou leitora) pense se a pior crise do momento não tenha a ver com a ética e os bons costumes...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 13/03/2012
Código do texto: T3551448
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