O que os homens querem?

Certamente quem inventou o amor não foi o homem. Na luta entre ficar como macaco e virar homem, o amor fez a diferença. O amor surgiu quando a macaca-mulher, vidrou o olhar no macaco-homem. Dali em diante, quando o macaco-homem mais corajoso da turma, quis ser amoroso, ele deixou de ser bobo.

Isso quer dizer, em outras palavras, que amar é da ordem da renúncia. Amar, significa abrir mão dos amigos, e das amizades bobas. Têm homens, que têm momentos de fuga: querem voltar a ser macacos. Namoram durante a semana, visitam sua namorada, duas a três vezes na semana, e no sábado à tarde: é o futebol! Lá no campo, no jogo, o homem volta a ser o macaco. Lá, eles se divertem. Lá, 'metaforicamente falando', é como se eles subissem nas árvores, e pulassem feito crianças peraltas.

Como a desconfiança também foi inventada pela mulher, sempre tem uma macaca, desconfiada, que inventa de seguir junto. Aí, é porque ela também tem vontade de fazer algazarra, porque, ao que se sabe, essa coisa de jogo, é coisa de homem. Melhor: de macaco-homem. E essa coisa de desconfiança, é coisa de mulher medrosa.

Agora, e se a mulher ficasse em casa? Também ela estaria cumprindo seu destino. Porque se o homem inventou a estrada, e o caminho para segui-la, com certeza, foi a mulher que se preocupou com a casa e o cuidar dos filhos. Homem nasceu para ser forasteiro, mulher pra ser caseira.

Quando as mulheres se interessam pelo homens, o que mais elas querem como garantia, é que o homem, mesmo metido à macaco-homem, de vez em quando, só faça isso, se for à nível de brincadeira. Pena, que toda brincadeira mostra o interesse dos homens, e muitos, descambam, do jogo de criança, para o jogo de adulto, pois sempre aparece um macaco-homem, metido à chefe, que decide fazer outras estripulias. Foi aí, que surgiu, a traição, e daí, que surgiu também a gangue e todas as violências a elas associadas. Culpa, de um macaco-homem, que não tem vontade de pegar sua mulher em casa, mas na frente dos outros, macaco-homem, quis ser melhor e mais forte. Convenceu apenas uma parte, e essa parte se ferra, porque se acostuma a fingir que ama e no final de semana, gosta mesmo é de ser metido à infantil.

Em outras palavras: ser homem é enfrentar os desafios de ser macaco-homem de vez em quando, isto é, brincar como se fosse criança; o problema é que a maioria dos homens está com um pé na bobagem infantil de brincar em grupo. E o amor, que é o alerta de que temos um vazio no peito, ficou pra ser curtido apenas pelas mulheres. Elas, almejam preencher esse vazio: no lugar do buraco, convidaram o homem. O homem não é apenas um ser diferente, menos ainda a esquisitice chamada 'companheiro'. O homem é aquilo que fecha o que está sangrando no coração feminino. A mulher sabe disso, mas os homens, aí, tá o problema: não têm ideia dessa importância.

Posteriormente, a mulher, mesmo amada por um homem que superou a turma dos macacos, ainda sim vai sentir dor, saudades e sofrimento. Aí, a mulher vai sair de seu estado macaca-mulher, e vai perceber, que mesmo amando, e tendo seu macaco-homem, transformado em homem, à sua volta, ainda sim, a alma vai está quebrada. Aí, sim, ela perceberá: somos todos assim! E não há cura que se resolva, não há remédio que dê solução. A solução está mesmo em enfrentar a vida com alegria e prazer, sem abrir mão do sofrimento, e desistindo em acreditar que existe a alma gêmea.

arrab xela
Enviado por arrab xela em 08/04/2012
Reeditado em 10/04/2012
Código do texto: T3600803
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