O NONO DIA COM OS AMIGOS - “MONUMENTOS E CASARÕES DE PARNAÍBA” – PARTE 16.

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Meus amigos estão com nove dias na cidade de Parnaíba. Eles dizem que aqui é um pedacinho do céu. Afirmam que a cidade é abençoada por Deus. Tem rio, tem lago, tem mar, tem educação e deixa a desejar na área de saúde porque nada nesse mundo é perfeito. Temos promessas de dias melhores com duas faculdades de medicina em andamento.

A notícia hoje do jornal que chamou atenção aos turistas foi que Parnaíba ganhará dois Shoppings. O Parnaíba Shopping na Avenida São Sebastião do grupo cearense JR.Holdong que deverá funcionar em 2013. Terá 148 lojas, 03 cinemas, praça de alimentação e amplo estacionamento, tudo climatizado. O outro é do grupo Paulo Guimarães na BR 343 ao lado da Faculdade Piauiense – FAP. Com o crescimento populacional da cidade, já era tempo da cidade Parnaíba ter um Shopping, com dois então, é uma beleza.

Depois do café da manhã saimos para cumprir nossa agenda passando pela Av. São Sebastião para ver o local onde está sendo erguido um dos Shoppings. Essa avenida tem duas pistas asfaltada com um largo canteiro no meio, onde estão instalados botecos para pequenasa refeições, principalmente sanduiches, todos no mesmo padrão, tem também quadra para futebol, calçadão para caminhadas etc.

No seu percurso encontramos a Universidade Federal do Piauí, a Polícia Federal, o Colégio Polivalente, o Colégiu Liceu Parnaibano, várias casas residenciais, pastelaria, sorveteria, butique, casas comerciais e a Igreja São Sebastião que meus amigos já entraram e fotografaram. (Parte 11). O momumento da Águia , que também fica nessa avenida meus amigos já conheciam a história (Parte 11). Sua continuação é a Av.Capitão Claro e em frente ao Colégio Diocesano, antigo Ginásio São Luiz Gonzaga, encontramos o Monumento do Sesquicentenário da Independência do Piauí. A Indepedência do Piauí aconteceu em 19 de outubro de 1822, quando aqui nem tinha chegado a notícia da independência do Brasil na data de 07 de setembro de 1922. Esse monumento foi inagurado, quando o engenheiro Alberto Silva governava o Piauí. Os três primas erguidos nesse momento representam os três principais centro políticos e populacionais do Estado, Parnaíba, Campo Maior e Oeiras, cidades que lutaram pela indepedência do Piauí. Ou a ainda podem representar os três vultos importantes na proclamação a independencia do Piauí: Simplício Dias da Silva, Dr. João Câncido de Deus e Silva e Miranda Osório.

Cortando a Av. São Sebastião fica a Av. Chagas Rodrigues e nela chamou atenção dos meus amigos a Pracinha da Maria Fumaça, onde está a amostra uma locomotiva que fazia o percurso do Portinho ao Cacimbão pelos anos de 1916.

Na Praça da Graça em frente a Igreja Matriz está o Monumento da Independência (Parte 5), que meus amigos já tiveram oportunidade de conhecer. Também já apresentei a eles o Monumento Centenário da Fundação da cidade na Praça Santo Antônio ( Parte 9) e o Centro Cívico (Parte 9).

Voltamos para a Avenida Presidente Vargas, aquela da Ponte Simplício Dias, para que eles pudessem através dos casarões lá existentes conhecer um pouco mais da história da Parnaíba. O Casarão de Azulejo, que fica na lateral da ponte, data do século XVIII, é de uma arqutetura belíssima. Possui inúmeras janelas com sacadas de ferro. Foi residência de Raimundo Madeira Brandão e Luiza Amélia Queiróz Brandão (26.12.1938 – 12.11.1989) , grande poetiza. Patrona cadeira 24 da Academia Parnaibana de Letras APAL. Ela é natural de Piracuruca e escreveu seu primeiro livro em 1875, “Flores ocultas”, onde retrata seu espírito poético. Na cidade de Parnaíba, onde residiu por longa data, destacou-se pela sua sabedoria. É também de sua autoria a obra “Georgina ou os efeitos do amor.”

A Casa Grande, residência dos Dias da Silva, fica também na esquina da Av. Presidente Vargas, com a Rua da Glória, no fundo da Catedral de Nossa Senhora da Graça . Ela foi construída por volta de 1970, pelo português Domingos Dias da Silva, pai de Simplício Dias da Silva. Esse parnaibano, que muito batalhou pela independência do Brasil. Na época, esse casarão, era um verdadeiro palacete onde aconteciam reuniões políticas e sociais. Em 2008 esse prédio foi desapropriado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN e atualmente está passando por um processo de reforma com previsão para ser concluída até julho de 2012.

Na Av. Presidente Vargas também está o antigo prédio da Casa Inglesa que meus amigos já fotografaram (Parte 7).

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O Conjuto Porto das Barcas e Galpões Portuários é mais uma amostra de casario do século XVIII. Os telhados nessa região são de duas águas, as paredes dobrados demonstram fortaleza, construção feita de pedra e cal.

Quase centenário é o prédio da Unidade Escolar União Caixeral, que também fica na Av.Presidente Vargas. Em dezembro de 2012 completará 94. Foi comprado por europeus e recentemente resgatado para as mãos dos parnaibanos, através do Secretário de Cultura de Parnaíba e Serviço Social do Comeércio - SESC É um prédio de dois andares, com grandes portas e janelões com vidraças, sacadas em baluastras, escada e piso de mosaico.

Na esquina da Av.Presidente Getúlio Vargas, também chamada de Rua Grande com a Av. Chagas Rodrigues, fica a atual Faculdade de Direito da Universidade Estadual de Parnaíba. O prédio onde funciona essa faculdade é antigo, lá funcionou o primeiro ginásio de Parnaíba (1927), Ginásio Parnaibano, depois o Grupo Escolar Miranda Osório. É cercado por muro com grades de ferro trabalhada, tem uma estrutra bastante antiga de paredes dobradas e piso de assoalho.

Várias casas residenciais imponentes que se encontram na Av.Presidente Vargas, na Praça Santo Antônio, na Praça da Graça e no complexo turístico Porto das Baracas foram tombados pelo IPHAN. A cidade de Parnaíba é identificada pelo ciclo do gado e da produção da cera de carnaúba e do babaçu. Possui edifícios antigos, muitos deles já foram descaracterizados ou derrubados para dá lugar a construções modernas, como o prédio que funcionou o Cassino 24 de Janeiro, a Casa que hospedou o Presidente Getulio Vargas etc. Para preservar o patrimonio cultural da cidade, muitos prédios foram tombados, pela União.

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Parte 16 do Livro “O Quinto” que está em fase de produção e sendo transcrito para o Recanto na proporção que escrevo. “ A Cachoeira do Urubu” será a – Parte 17.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 15/04/2012
Reeditado em 18/04/2020
Código do texto: T3613310
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